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Diálogo sobre Venezuela termina sem acordo, mas Oslo mantém mediação

Informação foi dada pelo autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó, adversário de Nicolás Maduro

Manifestante protesta contra o governo Maduro em Caracas, Venezuela (Rafael Hernandez/Getty Images)
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AFP

Publicado em 29 de maio de 2019 às 20h28.

O líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó informou nesta quarta-feira (29) que a primeira reunião entre delegados seus e do presidente Nicolás Maduro , em Oslo, terminou sem acordo, enquanto se mostrou aberto a continuar com a mediação norueguesa para resolver a crise política venezuelana.

"Este encontro terminou sem acordo", mas "estamos dispostos a continuar junto" à Noruega neste esforço, destacou em um comunicado Guaidó, há quatro meses reconhecido como presidente interino por cerca de 50 países.

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"Agradecemos ao governo da Noruega sua vontade em contribuir com uma solução para o caos que o nosso país sofre. Estamos dispostos a continuar junto deles", afirmou no texto.

Representantes de Maduro e de Guaidó celebraram nesta semana um primeiro encontro frente a frente sob os auspícios da Noruega, anunciado no começo de maio.

Em Oslo, "ratificamos nossa rota: cessar da usurpação (do governo por parte de Maduro), governo de transição e eleições livres, como via para solucionar a tragédia que hoje sofre a nossa Venezuela", expressou Guaidó.

"A mediação será útil para a Venezuela desde que existam elementos que permitam avançar em prol de uma verdadeira solução", continuou o líder parlamentar, que enfrentou críticas de um setor opositor contrário a um diálogo diante de várias tentativas frustradas anteriores.

Guaidó disse que de qualquer forma, o contato em Oslo "não detém os esforços da oposição em todos os âmbitos constitucionais" para forçar a saída de Maduro.

Desde que se proclamou presidente interino em 23 de janeiro, depois que o Parlamento de maioria opositora declarou ilegítima a reeleição do presidente socialista, Guaidó liderou manifestações multitudinárias, que perderam fôlego desde um motim frustrado em 30 de abril.

O líder opositor mantém todas as opções em aberto, entre elas a "cooperação internacional", enquanto mantém contatos com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, principal aliado internacional do líder opositor, que não descarta uma opção militar para solucionar a crise no país sul-americano.

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