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Diálogo com oposição está quente, diz Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o diálogo com a oposição está mais quente do que nunca

Nicolás Maduro, presidente venezuelano: "agora é que o diálogo está quente!" (Jorge Silva/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 09h54.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro , disse não acreditar que o diálogo com a oposição esteja "congelado", como disseram seus adversários, e que, pelo contrário, está mais "quente" do que nunca e a prova disso é a reunião que manteve nesta segunda-feira com prefeitos e governadores de todas as tendências.

"Há toda uma campanha, "acabou o diálogo", "o diálogo está congelado", dizem, mas agora é que o diálogo está quente! Porque há um debate permanente de todos os temas", disse o presidente em uma reunião com governantes regionais de todo o país para tratar do tema da insegurança.

"Neste país o que há é diálogo, há uma mesa de diálogo com um setor da oposição", reiterou na reunião que contou com a participação de grandes figuras da oposição.

Maduro se referiu assim ao anúncio feito na semana passada pela aliança opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD, mesa da unidade democrática) sobre a suspensão do diálogo iniciado no dia 10 de abril para tentar aliviar a crise política que ficou evidenciada nos últimos três meses com protestos antigovernamentais.

O presidente insistiu que foi ele quem convidou a oposição para conversar e que essas reuniões não representam todo o processo de diálogo, pois, em paralelo, também se sentou para tratar de temas como a economia e a insegurança com seus adversários políticos.

Além disso, agradeceu o "tremendo papel" da missão de chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul) no acompanhamento do diálogo político, assim como o do Vaticano e a participação do núncio apostólico.

"Não se pode ameaçar deixar a mesa que foi convocada de boa fé pelo governo nacional com a participação do acompanhamento internacional porque alguém começou uma campanha de pressão midiática em Miami", disse, ao rejeitar que a MUD decidiu "congelar" o diálogo pela falta de resultados.

"É que aqui ninguém propôs uma agenda fixa, então de repente somos vítimas, todos, de toda uma campanha para matar o diálogo, para negar o diálogo", comentou.

Os ministros das Relações Exteriores de Brasil, Luiz Alberto Figueiredo; Colômbia, María Ángela Holguín, e Equador, Ricardo Patiño, e o núncio Aldo Giordano se reuniram ontem e hoje com a oposição e o governo para tentar reativar o diálogo.

No encontro de ontem, a aliança de oposição entregou um resumo com "todos os detalhes" que a levaram a congelar o diálogo.

O secretário-executivo da MUD, Ramón Guillermo Aveledo, indicou que a oposição não se reuniria de novo com o governo até que este fizesse "gestos" e cumprisse com os compromissos que, segundo disse, assumiu nas reuniões.

A Venezuela vive desde 12 de fevereiro uma onda de protestos antigovernamentais que, em algumas ocasiões, terminaram com incidentes de violência e que deixaram até o dia de hoje um saldo de 42 mortos, cerca de 800 feridos e centenas de detidos.

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Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro , disse não acreditar que o diálogo com a oposição esteja "congelado", como disseram seus adversários, e que, pelo contrário, está mais "quente" do que nunca e a prova disso é a reunião que manteve nesta segunda-feira com prefeitos e governadores de todas as tendências.

"Há toda uma campanha, "acabou o diálogo", "o diálogo está congelado", dizem, mas agora é que o diálogo está quente! Porque há um debate permanente de todos os temas", disse o presidente em uma reunião com governantes regionais de todo o país para tratar do tema da insegurança.

"Neste país o que há é diálogo, há uma mesa de diálogo com um setor da oposição", reiterou na reunião que contou com a participação de grandes figuras da oposição.

Maduro se referiu assim ao anúncio feito na semana passada pela aliança opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD, mesa da unidade democrática) sobre a suspensão do diálogo iniciado no dia 10 de abril para tentar aliviar a crise política que ficou evidenciada nos últimos três meses com protestos antigovernamentais.

O presidente insistiu que foi ele quem convidou a oposição para conversar e que essas reuniões não representam todo o processo de diálogo, pois, em paralelo, também se sentou para tratar de temas como a economia e a insegurança com seus adversários políticos.

Além disso, agradeceu o "tremendo papel" da missão de chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul) no acompanhamento do diálogo político, assim como o do Vaticano e a participação do núncio apostólico.

"Não se pode ameaçar deixar a mesa que foi convocada de boa fé pelo governo nacional com a participação do acompanhamento internacional porque alguém começou uma campanha de pressão midiática em Miami", disse, ao rejeitar que a MUD decidiu "congelar" o diálogo pela falta de resultados.

"É que aqui ninguém propôs uma agenda fixa, então de repente somos vítimas, todos, de toda uma campanha para matar o diálogo, para negar o diálogo", comentou.

Os ministros das Relações Exteriores de Brasil, Luiz Alberto Figueiredo; Colômbia, María Ángela Holguín, e Equador, Ricardo Patiño, e o núncio Aldo Giordano se reuniram ontem e hoje com a oposição e o governo para tentar reativar o diálogo.

No encontro de ontem, a aliança de oposição entregou um resumo com "todos os detalhes" que a levaram a congelar o diálogo.

O secretário-executivo da MUD, Ramón Guillermo Aveledo, indicou que a oposição não se reuniria de novo com o governo até que este fizesse "gestos" e cumprisse com os compromissos que, segundo disse, assumiu nas reuniões.

A Venezuela vive desde 12 de fevereiro uma onda de protestos antigovernamentais que, em algumas ocasiões, terminaram com incidentes de violência e que deixaram até o dia de hoje um saldo de 42 mortos, cerca de 800 feridos e centenas de detidos.

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