Dezenas morrem e veículo da ONU é danificado na Síria
O porta-voz do rebelde Exército Livre Sírio (ELS), Sami Kurdi, explicou que as tropas abriram fogo contra os participantes das exéquias de um ativista falecido
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2012 às 21h10.
Cairo - Mais de 20 civis morreram nesta terça-feira em um ataque cometido contra um funeral na província de Idlib, no qual ficou danificado um veículo dos observadores da ONU desdobrados na região.
As versões sobre o sucedido são ainda contraditórias. Enquanto a ONU indica que uma bomba explodiu na passagem de seu comboio, os rebeldes e opositores locais afirmam que um projétil de lança-granadas RPG lançado pelas forças do regime atingiu a caravana.
O porta-voz do rebelde Exército Livre Sírio (ELS), Sami Kurdi, explicou à Agência Efe que as tropas teriam aberto fogo contra os participantes das exéquias de um ativista falecido nesta segunda-feira na cidade de Khan-Sheikhoun, apesar de os Capacetes Azuis estarem presentes no local do ataque.
Já o ativista Mujahid al-Dugaim disse à Efe pela internet que o ataque matou 25 civis e deixou cerca de 100 feridos.
No entanto, grupos opositores sírios como o Observatório de Direitos Humanos e os Comitês de Coordenação Local reduziram o número de mortos respectivamente para 20 e 23.
''Ninguém pode sair às ruas porque os disparos dos franco-atiradores do Exército são constantes'', ressaltou o ativista. Segundo ele, isso impede também os observadores de saírem dos locais onde estão abrigados.
Dugaim afirmou que os seis Capacetes Azuis - entre os quais há, segundo ele, um cidadão de Bangladesh, um da Dinamarca e um da Somália - estão sob proteção dos militares rebeldes e de civis.
De Genebra, Ahmed Fawzi, porta-voz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, confirmou que nenhum deles ficou ferido e uma equipe já foi enviada para resgatá-los. ''Três veículos da ONU foram danificados. Não houve feridos entre o pessoal da ONU. A Missão enviou uma patrulha à área para retirar os observadores militares'', afirmou o porta-voz.
A Missão das Nações Unidas para a Supervisão na Síria (UNSMIS) já conta com 189 observadores e 61 membros de pessoal civil, encarregados de verificar o cumprimento do plano de paz de Annan, que inclui um cessar-fogo, em vigor desde 12 de abril, que tanto o regime como a oposição armada têm descumprido.
Segundo o grupo opositor Comitês de Coordenação Local, 48 pessoas - inclusive as de Khan-Sheikhoun - morreram nesta terça-feira em toda a Síria, número que outra entidade contrária ao governo, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, reduziu para 46.
De acordo com os dados da ONU, mais de 10 mil pessoas perderam a vida na Síria desde o início dos protestos populares contra o governo do presidente Bashar al-Assad, em março de 2011.
A repressão do regime e as ações armadas da oposição já deixaram 230 mil refugiados dentro do território sírio e mais de 60 mil refugiados em países fronteiriços, como Turquia e Líbano.
*Atualizado às 21h10
Cairo - Mais de 20 civis morreram nesta terça-feira em um ataque cometido contra um funeral na província de Idlib, no qual ficou danificado um veículo dos observadores da ONU desdobrados na região.
As versões sobre o sucedido são ainda contraditórias. Enquanto a ONU indica que uma bomba explodiu na passagem de seu comboio, os rebeldes e opositores locais afirmam que um projétil de lança-granadas RPG lançado pelas forças do regime atingiu a caravana.
O porta-voz do rebelde Exército Livre Sírio (ELS), Sami Kurdi, explicou à Agência Efe que as tropas teriam aberto fogo contra os participantes das exéquias de um ativista falecido nesta segunda-feira na cidade de Khan-Sheikhoun, apesar de os Capacetes Azuis estarem presentes no local do ataque.
Já o ativista Mujahid al-Dugaim disse à Efe pela internet que o ataque matou 25 civis e deixou cerca de 100 feridos.
No entanto, grupos opositores sírios como o Observatório de Direitos Humanos e os Comitês de Coordenação Local reduziram o número de mortos respectivamente para 20 e 23.
''Ninguém pode sair às ruas porque os disparos dos franco-atiradores do Exército são constantes'', ressaltou o ativista. Segundo ele, isso impede também os observadores de saírem dos locais onde estão abrigados.
Dugaim afirmou que os seis Capacetes Azuis - entre os quais há, segundo ele, um cidadão de Bangladesh, um da Dinamarca e um da Somália - estão sob proteção dos militares rebeldes e de civis.
De Genebra, Ahmed Fawzi, porta-voz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, confirmou que nenhum deles ficou ferido e uma equipe já foi enviada para resgatá-los. ''Três veículos da ONU foram danificados. Não houve feridos entre o pessoal da ONU. A Missão enviou uma patrulha à área para retirar os observadores militares'', afirmou o porta-voz.
A Missão das Nações Unidas para a Supervisão na Síria (UNSMIS) já conta com 189 observadores e 61 membros de pessoal civil, encarregados de verificar o cumprimento do plano de paz de Annan, que inclui um cessar-fogo, em vigor desde 12 de abril, que tanto o regime como a oposição armada têm descumprido.
Segundo o grupo opositor Comitês de Coordenação Local, 48 pessoas - inclusive as de Khan-Sheikhoun - morreram nesta terça-feira em toda a Síria, número que outra entidade contrária ao governo, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, reduziu para 46.
De acordo com os dados da ONU, mais de 10 mil pessoas perderam a vida na Síria desde o início dos protestos populares contra o governo do presidente Bashar al-Assad, em março de 2011.
A repressão do regime e as ações armadas da oposição já deixaram 230 mil refugiados dentro do território sírio e mais de 60 mil refugiados em países fronteiriços, como Turquia e Líbano.
*Atualizado às 21h10