Mundo

Dez pessoas são presas em protesto opositor em Moscou

Cerca de cinco mil pessoas participaram da manifestação contra o premiê Vladimir Putin


	Polícia observa protesto da oposição na Rússia: segundo amigos dos detidos, a polícia "já tinha planejado" a prisão
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Polícia observa protesto da oposição na Rússia: segundo amigos dos detidos, a polícia "já tinha planejado" a prisão (Maxim Shemetov/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 11h51.

Moscou - Pelo menos dez pessoas foram detidas pela polícia durante um protesto opositor realizado em Moscou nesta quarta-feira, quando é comemorado o Dia Nacional da Rússia.

O jornal russo "Kommersant" informou que um ultranacionalista e nove ativistas do ilegal movimento opositor Frente da Esquerda foram levados em veículos policiais logo após desfraldarem suas bandeiras, minutos antes da manifestação começar.

Segundo amigos dos detidos, a polícia "já tinha planejado" a prisão e o uso dos símbolos proibidos só foi um pretexto.

O portal "ovdinfo.org" relatou que um dos prisioneiros foi libertado após sofrer problemas do coração.

O Ministério do Interior russo disse que cerca de cinco mil pessoas participaram do protesto, segundo a agência "Interfax".

O comitê organizador da marcha, que aglutina os descontentes com o regime do presidente russo, Vladimir Putin, calculou o número de participantes em 30.000 pessoas.

"Segundo nossos dados, 30.00 pessoas estão presentes e mais cidadãos continuam chegando", disse um dos organizadores, Piotr Tsarkov, citado pela agência "Interfax".

A passeata exige a libertação dos doze detidos durante uma manifestação de protesto na Praça Bolotnaya, em Moscou, realizada em 6 de maio de 2012 e que foi marcada por violentos enfrentamentos com a polícia.

A "Marcha contra os Carrascos" conta com a participação de vários líderes da oposição, entre eles o deputado Dmitri Gudkov, o blogueiro Alexei Navalni e Mikhail Kasianov, feroz crítico da gestão de Putin e que sob seu mandato exerceu o cargo de primeiro-ministro entre 2000 e 2004. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaOposição políticaPolítica no BrasilPrisõesProtestosRússia

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua