Devolução de refugiados à Turquia violaria a lei, diz Acnur
"A expulsão coletiva de estrangeiros é proibida, segundo a Convenção Europeia de Direitos Humanos", afirmou Cochetel a jornalistas em Genebra
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2016 às 13h59.
Genebra - A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas ( ONU ) disse nesta terça-feira que as propostas para devolver refugiados em massa da União Europeia para a Turquia violariam seu direito de proteção, garantido pelas leis europeia e internacional.
Na segunda-feira, líderes da UE saudaram a oferta turca de receber de volta todos os imigrantes que entram na Europa partindo de seu território e concordaram, em princípio, com as exigências de Ancara –mais dinheiro, maior rapidez nas conversas sobre sua filiação e na dispensa de vistos de viagens para seus cidadãos.
Vincent Cochetel, diretor regional europeu do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), disse que o compromisso da Europa de reassentar 20 mil refugiados ao longo de dois anos, de forma voluntária, continua "muito devagar".
"A expulsão coletiva de estrangeiros é proibida, segundo a Convenção Europeia de Direitos Humanos", afirmou Cochetel a jornalistas em Genebra.
"Um acordo que seria equivalente a um retorno sumário a um terceiro país não é consistente com a lei europeia, com a lei internacional", disse.
A Europa nem sequer cumpriu o acordo de setembro passado de realocar 66 mil refugiados da Grécia, tendo redistribuído somente 600 dentro do bloco até o momento, havia dito Cochetel mais cedo.
"O que não aconteceu na Grécia irá acontecer na Turquia? Veremos, tenho minhas dúvidas", afirmou ele à rádio suíça RTS.
A Turquia abriga quase 3 milhões de refugiados sírios, o maior número em todo o mundo, mas sua taxa de acolhimento de refugiados do Afeganistão e do Iraque é "muito baixa", cerca de 3 por cento, segundo Cochetel.
Genebra - A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas ( ONU ) disse nesta terça-feira que as propostas para devolver refugiados em massa da União Europeia para a Turquia violariam seu direito de proteção, garantido pelas leis europeia e internacional.
Na segunda-feira, líderes da UE saudaram a oferta turca de receber de volta todos os imigrantes que entram na Europa partindo de seu território e concordaram, em princípio, com as exigências de Ancara –mais dinheiro, maior rapidez nas conversas sobre sua filiação e na dispensa de vistos de viagens para seus cidadãos.
Vincent Cochetel, diretor regional europeu do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), disse que o compromisso da Europa de reassentar 20 mil refugiados ao longo de dois anos, de forma voluntária, continua "muito devagar".
"A expulsão coletiva de estrangeiros é proibida, segundo a Convenção Europeia de Direitos Humanos", afirmou Cochetel a jornalistas em Genebra.
"Um acordo que seria equivalente a um retorno sumário a um terceiro país não é consistente com a lei europeia, com a lei internacional", disse.
A Europa nem sequer cumpriu o acordo de setembro passado de realocar 66 mil refugiados da Grécia, tendo redistribuído somente 600 dentro do bloco até o momento, havia dito Cochetel mais cedo.
"O que não aconteceu na Grécia irá acontecer na Turquia? Veremos, tenho minhas dúvidas", afirmou ele à rádio suíça RTS.
A Turquia abriga quase 3 milhões de refugiados sírios, o maior número em todo o mundo, mas sua taxa de acolhimento de refugiados do Afeganistão e do Iraque é "muito baixa", cerca de 3 por cento, segundo Cochetel.