“Deus da bola”: a repercussão internacional da morte de Maradona
Segundo o jornal argentino Clarín, Maradona, de 60 anos, teve parada cardiorespiratória. Ele estava se recuperando de uma cirurgia recente na cabeça
Gilson Garrett Jr
Publicado em 25 de novembro de 2020 às 16h02.
Última atualização em 25 de novembro de 2020 às 18h10.
A morte do ex-jogador argentino Diego Armando Maradona nesta quarta-feira, 25, causou uma comoção e foi destaque nos principais veículos de imprensa pelo mundo. Maradona tinha 60 anos e faleceu em decorrência de uma parada cardiorespiratória. Ele estava se recuperando de uma cirurgia recente para a retirada de um coágulo na cabeça.
O jornal francês Le Monde destacou a morte na chamada principal do site e chamou Maradona de “ Dieu du ballon rond ” (o deus da bola). O também francês L’Équipe ochamou de Deus e “o melhor jogador argentino de todos os tempos”.
Na Espanha, onde Maradona jogou, o El País colocou a notícia na chamada principal do site e disse que “a morte de Diego Armando Maradona marca o fim da era dos heróis”. Ainda completou afirmando que “ídolos, gênios e produtos esportivos sempre haverá, mas Maradona ultrapassou o status de jogador de futebol: foi um número 10, uma reivindicação popular de shorts, o milagre possível para uma parte do mundo onde o vento sopra contra”.
O italiano La Gazzetta dello Sport falou que o futebol chora mais alto com a morte do ex-jogador. Disse ainda que a notícia é "uma ducha de água fria para o mundo do futebol". Na sua carreira, Maradona passou pelo time do Napoli, onde conquistou dois títulos italianos.
O The Guardian chamou Maradona de “um dos grandes jogadores de todos os tempos”. A reportagem com a trajetória do ex-jogador foi destaque no portal do jornal.
No país onde Maradona nasceu e começou a carreira, a Argentina, a imprensa deu grande destaque à trajetória do ex-jogador e também falou sobre as polêmicas.
O jornal Clarín lembrou dos problemas dele com drogas. "Nos últimos dias, sua família e pessoas próximas haviam notado Maradona 'muito ansioso e nervoso', então surgiu a ideia de transferi-lo a Cuba para sua reabilitação, onde já havia passado alguns anos lutando contra o vício da cocaína", disse.