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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.
Um estudo realizado pela Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE) - instituição que reúne 30 países - mostra que as despesas com saúde nos países-membros vêm aumentando nos últimos anos. Se o movimento persistir, a organização prevê a necessidade de aumento de impostos e corte de despesas para manter as finanças públicas em dia. Caso contrário, a população terá que desembolsar mais para manter seus serviços de saúde.
De acordo com a pesquisa da OCDE, entre 1990 e 2004, os gastos desses países com saúde cresceram mais que o Produto Interno Bruto (PIB), com exceção da Finlândia. Essas despesas, que correspondiam, em média, a 7% do PIB dos países em 1990, subiu para 8,9% em 2004.
Na maioria dos países-membros da OCDE, cerca de 70% das despesas de saúde são financiadas por impostos. Por isso, assegurar o funcionamento do sistema é um fator crítico para os governos, já que exige grandes investimentos em tecnologia. Além disso, o aumento da expectativa de vida da população também contribui para a elevação de custos.
Em alguns países nos quais as despesas públicas com saúde eram muito elevadas, como Polônia, Hungria e República Tcheca, a participação do governo caiu. Porém, em outros, como Coréia do Sul, México e Suíça, nos quais os custos eram baixos, essa participação vem aumentando. Nos Estados Unidos, por exemplo, embora o setor privado ainda seja dominante na área de saúde, a participação pública subiu de 40% em 1990 para 45% em 2004.