Teria havido falhas de procedimento por parte da empresa Taesa, controlada da estatal mineira Cemig (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2012 às 11h00.
Brasília - O desligamento do sistema de proteção na subestação de Colinas(TO) acabou levando ao blecaute que atingiu na semana passada as regiões Norte e Nordeste do Brasil, disse nesta quarta-feira o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
Segundo ele, a proteção havia sido desligada na semana anterior para uma manutenção de rotina e não foi religada. Além disso, teria havido falhas de procedimento por parte da empresa Taesa, controlada da estatal mineira Cemig e responsável pela linha, por não ter realizado testes na proteção após a manutenção.
"É padrão fazer teste. Se você ajusta de forma errada uma proteção, pode ter consequências graves", disse Zimmermann.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) irá examinar o ocorrido e, segundo o diretor-geral do órgão regulador agência, Nelson Hubner, sanções podem ser aplicadas à Taesa, de advertências a multa.
Apesar de apontarem a falha humana e de procedimentos na proteção primária da subestação, o governo descarta que essa falha tenha sido proposital.
O apagão do Norte e Nordeste foi o quarto seguido em dois meses causado por problemas na proteção primária de equipamentos de transmissão. Esse tipo de proteção tem a função de estancar localmente alguma falha no sistema, evitando que o apagão se alastre.
Mas, segundo Hubner, nos outros três casos as falhas nas proteções ocorreram por motivos distintos.
O governo iniciou uma inspeção minuciosa nas instalações dce transmissão do país para evitar novos problemas na rede.