Desemprego dá munição para Romney atacar Obama
"Se ontem (quinta-feira) à noite foi de festa, esta manhã (a de ontem) é de ressaca", afirmou Romney, em alusão à convenção democrata
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2012 às 09h45.
Washington - Um dia depois do apoteótico encerramento da convenção democrata, em Charlotte, na Carolina do Norte, o candidato republicano à presidência dos EUA , Mitt Romney, contestou o discurso do presidente e candidato à reeleição, Barack Obama, no qual ele afirmou ter evitado que a crise econômica lançasse o país no caos. Romney utilizou a divulgação do índice de desemprego como exemplo de que a política econômica de Obama não funciona.
"Se ontem (quinta-feira) à noite foi de festa, esta manhã (a de ontem) é de ressaca", afirmou Romney, em alusão à convenção democrata. "Depois de 43 meses consecutivos com um desemprego superior a 8%, é claro que o presidente Obama simplesmente não está à altura de suas promessas e sua política não funcionou. Não estamos em melhor situação do que há quatro anos", afirmou.
A taxa de desemprego nos EUA ficou em 8,1% em agosto e as contratações no país também registraram forte queda, segundo dados divulgados ontem pelo Departamento do Trabalho. O índice retrocedeu 0,2% em relação a julho, mas com as correções que levam em conta variações sazonais, é o nível mais baixo em mais de três anos - igualando-se ao registrado em abril.
"A mensagem da noite passada (quinta-feira) planeja para os próximos quatro anos aquilo que foi feito nos últimos quatro anos", prosseguiu Romney. "E eu não acho que o povo americano queira mais quatro anos daquilo que foram os últimos quatro anos."
Classe média. "As famílias da classe média estão sofrendo com a pior recuperação econômica desde a Grande Depressão e (Obama) não cumpre suas promessas e suas políticas não funcionam", acrescentou.
Em um comício em Portsmouth, no Estado de New Hampshire, Obama reforçou ontem o compromisso de "cortar impostos para as pessoas que realmente precisam", pôr fim à guerra no Iraque, dizimar a Al-Qaeda e iniciar a retirada do Afeganistão.