Descoberta de destroços pode elucidar mistério do voo MH370
O primeiro-ministro malaio anunciou nesta quinta-feira que o fragmento de 2 metros de comprimento que apareceu na ilha francesa pertencia ao Boeing 777
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2015 às 11h37.
As autoridades da Malásia anunciaram nesta quinta-feira que os destroços do avião encontrados há uma semana na Ilha Reunião pertencem ao voo MH370 , e informaram sobre a descoberta de mais restos, alimentando a esperança de se resolver um dos maiores mistérios da aviação.
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, anunciou nesta quinta-feira que o fragmento de dois metros de comprimento que apareceu na ilha francesa de Reunião, no Oceano Índico, pertencia ao Boeing 777 que realizava o voo MH370, desaparecido misteriosamente há 17 meses.
"Tenho que dizer a vocês, com todo o pesar do meu coração, que uma equipe de especialistas internacionais confirmou que o fragmento do avião encontrado na Ilha Reunião pertence ao MH370", declarou Razak em uma coletiva de imprensa.
O flaperon do avião - um fragmento da asa - começou a ser analisado na quarta-feira em um laboratório militar perto de Toulouse (sudoeste da França). A investigação prosseguia nesta quinta-feira.
O voo, que cobria a rota Kuala Lumpur-Pequim, desapareceu no dia 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, pouco depois de decolar e modificar inexplicavelmente sua rota.
A justiça francesa utilizou uma linguagem mais prudente que o chefe do Executivo malaio, limitando-se a dizer que havia suspeitas muito fortes de que pertencia ao MH370.
A companhia Malaysia Airlines apresentou as notícias como um grande avanço, ressaltando que podem ajudar a encontrar o avião.
As autoridades australianas, que participam do enorme dispositivo de busca mobilizado após o ocorrido, também mostraram uma esperança renovada em encontrar o avião.
"Isso mostra pela primeira vez que talvez estejamos um pouco mais próximos de resolver este desconcertante mistério", declarou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
O ministro dos Transportes malaio, Liow Tiong, afirmou na tarde desta quinta-feira que foram encontrados mais escombros supostamente procedentes de um avião, como janelas ou almofadas de assento, em Reunião, mas que cabia às autoridades francesas estabelecer se procediam do MH370.
No entanto, fontes judiciais francesas indicaram à AFP Que até o momento os investigadores do país não receberam mais destroços do avião.
Sentimentos dos familiares
Os familiares dos passageiros esperaram estas notícias com uma mistura de expectativa e temor.
A confirmação terminou com "uma semana de angústia" para Sara Weeks, irmã de um passageiro neozelandês do MH370.
"Encontrar algo é o primeiro passo para determinar onde está", disse ao grupo midiático neozelandês Fairfax.
No entanto, outros parentes, que criticaram a gestão da crise por parte das autoridades malaias, especialmente chineses - nacionalidade de origem da maioria dos passageiros - se negavam a acreditar na notícia.
"Não acredito nesta informação sobre o avião, mentem para nós desde o início", disse Zhang Yongli, cuja filha estava no avião. "Sei que minha filha está em algum lugar, mas não querem nos dizer a verdade", afirmou.
"Onde está o corpo do meu marido? Os pertences de algum passageiro foram encontrados? Não. Acharam apenas uma peça", disse Elaine Chew, cujo marido fazia parte da tripulação.
O ministério das Relações Exteriores chinês informou, no entanto, que a declaração de Najib "confirmou o veredicto do acidente da Malaysia Airlines".
Por sua vez, Martin Dolan, comissário chefe da segurança dos transportes australianos, mostrou-se confiante de que "buscamos no lugar certo e encontraremos a aeronave".
Para o consultor de aviação baseado em Jacarta Gerry Soejatman, a confirmação do vínculo com o MH370 é um grande passo.
"As pessoas querem todas as respostas, mas sejamos realistas. Devemos nos alegrar de ter encontrado algo. Agora sabemos mais ou menos onde pode ter caído", disse.
Espera-se que a investigação do fragmento possa fornecer pistas nos próximos dias sobre como se separou do resto do avião ou se mostra traços de uma explosão ou de um incêndio, assim como quanto tempo passou na água e onde.
As autoridades da Malásia anunciaram nesta quinta-feira que os destroços do avião encontrados há uma semana na Ilha Reunião pertencem ao voo MH370 , e informaram sobre a descoberta de mais restos, alimentando a esperança de se resolver um dos maiores mistérios da aviação.
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, anunciou nesta quinta-feira que o fragmento de dois metros de comprimento que apareceu na ilha francesa de Reunião, no Oceano Índico, pertencia ao Boeing 777 que realizava o voo MH370, desaparecido misteriosamente há 17 meses.
"Tenho que dizer a vocês, com todo o pesar do meu coração, que uma equipe de especialistas internacionais confirmou que o fragmento do avião encontrado na Ilha Reunião pertence ao MH370", declarou Razak em uma coletiva de imprensa.
O flaperon do avião - um fragmento da asa - começou a ser analisado na quarta-feira em um laboratório militar perto de Toulouse (sudoeste da França). A investigação prosseguia nesta quinta-feira.
O voo, que cobria a rota Kuala Lumpur-Pequim, desapareceu no dia 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, pouco depois de decolar e modificar inexplicavelmente sua rota.
A justiça francesa utilizou uma linguagem mais prudente que o chefe do Executivo malaio, limitando-se a dizer que havia suspeitas muito fortes de que pertencia ao MH370.
A companhia Malaysia Airlines apresentou as notícias como um grande avanço, ressaltando que podem ajudar a encontrar o avião.
As autoridades australianas, que participam do enorme dispositivo de busca mobilizado após o ocorrido, também mostraram uma esperança renovada em encontrar o avião.
"Isso mostra pela primeira vez que talvez estejamos um pouco mais próximos de resolver este desconcertante mistério", declarou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
O ministro dos Transportes malaio, Liow Tiong, afirmou na tarde desta quinta-feira que foram encontrados mais escombros supostamente procedentes de um avião, como janelas ou almofadas de assento, em Reunião, mas que cabia às autoridades francesas estabelecer se procediam do MH370.
No entanto, fontes judiciais francesas indicaram à AFP Que até o momento os investigadores do país não receberam mais destroços do avião.
Sentimentos dos familiares
Os familiares dos passageiros esperaram estas notícias com uma mistura de expectativa e temor.
A confirmação terminou com "uma semana de angústia" para Sara Weeks, irmã de um passageiro neozelandês do MH370.
"Encontrar algo é o primeiro passo para determinar onde está", disse ao grupo midiático neozelandês Fairfax.
No entanto, outros parentes, que criticaram a gestão da crise por parte das autoridades malaias, especialmente chineses - nacionalidade de origem da maioria dos passageiros - se negavam a acreditar na notícia.
"Não acredito nesta informação sobre o avião, mentem para nós desde o início", disse Zhang Yongli, cuja filha estava no avião. "Sei que minha filha está em algum lugar, mas não querem nos dizer a verdade", afirmou.
"Onde está o corpo do meu marido? Os pertences de algum passageiro foram encontrados? Não. Acharam apenas uma peça", disse Elaine Chew, cujo marido fazia parte da tripulação.
O ministério das Relações Exteriores chinês informou, no entanto, que a declaração de Najib "confirmou o veredicto do acidente da Malaysia Airlines".
Por sua vez, Martin Dolan, comissário chefe da segurança dos transportes australianos, mostrou-se confiante de que "buscamos no lugar certo e encontraremos a aeronave".
Para o consultor de aviação baseado em Jacarta Gerry Soejatman, a confirmação do vínculo com o MH370 é um grande passo.
"As pessoas querem todas as respostas, mas sejamos realistas. Devemos nos alegrar de ter encontrado algo. Agora sabemos mais ou menos onde pode ter caído", disse.
Espera-se que a investigação do fragmento possa fornecer pistas nos próximos dias sobre como se separou do resto do avião ou se mostra traços de uma explosão ou de um incêndio, assim como quanto tempo passou na água e onde.