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Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2012 às 20h52.
Londres - O racismo é um ''grande problema'' do futebol da Inglaterra apesar da situação ter melhorado nos últimos anos, segundo um relatório de um comitê parlamentar divulgado nesta quarta-feira.
Os deputados do Comitê de Cultura, Meios de Comunicação e Esporte expressaram sua preocupação pelos últimos incidentes de natureza racista e afirmam que a Football Association (FA) deve fazer um esforço para superar o problema.
Em dezembro do ano passado, o jogador do Liverpool Luis Suárez foi multado em 40 mil libras e recebeu uma sanção da FA que o impediu jogar oito partidas por uma atitude racista contra Patrice Evra, do Manchester United. Em julho, o ex-capitão da seleção inglesa John Terry foi absolvido de racismo contra seu companheiro Anton Ferdinand.
No relatório, o comitê afirmou que o comportamento dos torcedores e o ambiente nos jogos de futebol ''mudou consideravelmente'' desde os anos 70 e 80, ''quando o racismo e outras formas de abusos eram frequentes''.
Várias campanhas realizadas no Reino Unido ajudaram a melhorar esta situação, embora o presidente do comitê, John Whittingdale, tenha afirmado que ainda há problemas.
''Apesar do nível geral ser positivo, há muito o que se pode e o que se deve fazer'', destacou o relatório parlamentar. ''Achamos que é a FA que deve tomar a iniciativa'', acrescentou o texto.
Em resposta a este documento, a FA, o Campeonato Inglês e a Liga de Futebol (segunda divisão) admitiram em comunicado conjunto divulgado hoje a necessidade de enfrentar o problema do racismo.
''Estamos de acordo com o comitê, que apesar dos progressos para impulsionar a igualdade e combater a discriminação, ainda há desafios para todas as autoridades do futebol'', ressaltou a nota, na qual as três organizações manifestaram seu compromisso de seguir trabalhando neste objetivo.