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Deputado quer mudar nome das Filipinas para apagar laço espanhol

Para isso, o congressista propôs ao Parlamento a criação de uma "comissão de redenominação geográfica"

Gary Alejano: o deputado lamentou que as Filipinas queiram "conservar o nome atribuído por nossos colonizadores espanhóis" (Erik De Castro/Reuters)

Gary Alejano: o deputado lamentou que as Filipinas queiram "conservar o nome atribuído por nossos colonizadores espanhóis" (Erik De Castro/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de junho de 2017 às 11h24.

Manila - O deputado da Câmara de Representantes das Filipinas e ex-militar golpista Gary Alejano propôs nesta segunda-feira, por causa do dia nacional, mudar o nome do país para "eliminar os vínculos" com o colonialismo espanhol.

O congressista propôs ao Parlamento criar uma "comissão de redenominação geográfica" que "estude a possibilidade e a viabilidade de mudar o nome" das Filipinas, segundo indicou em uma nota de imprensa, quase cinco séculos depois que os colonizadores espanhóis deram nome pela primeira vez ao arquipélago.

Alejano, ex-militar que foi preso por organizar um golpe frustrado contra o Governo democrático em 2003 e mais tarde anistiado e reconvertido em político, apresentou sua proposta coincidindo com o Dia da Independência que é celebrado com vários atos em Manila e novas cidades.

"Se queremos ser verdadeiramente independentes, devemos desprezar os laços do colonialismo estabelecendo nossa própria identidade nacional", indicou o deputado em sua alegação por escrito.

Alejano afirmou que "para que o nosso país avance, devemos identificar um nome que reflita genuinamente as nossas aspirações nacionais, que reflita os nossos valores e a nossa autodeterminação".

O deputado lamentou que as Filipinas queiram "conservar o nome atribuído por nossos colonizadores espanhóis" e argumentou que "novas nações que anteriormente estavam sob colonização recuperaram seu antigo nome".

As Filipinas festejam hoje o 119° aniversário de sua declaração da independência da Espanha em 12 de junho de 1898 proclamada pelo general Emilio Aguinaldo, que foi o presidente Primeira República Filipina que nunca chegou a ser reconhecido internacionalmente.

O explorador português Fernando de Magallanes declarou a posse espanhola das ilhas em 1521, ainda que foi em 1542 quando o explorador Ruy López de Villalobos batizou as ilhas orientais de Leyte e Samar como "Felipinas" em honra a Felipe II.

A colonização definitiva do arquipélago se iniciou em 1565 e desde então o seu nome experimentou variações até a atual "República das Filipinas", que permanece desde a independência definitiva do país dos EUA em 1946.

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