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Depois de rompimento diplomático, equipe da Embaixada da Argentina deixa a Venezuela

Antes da saída do grupo do país, Brasil iria assumir a custódia do local em Caracas

Opponents of Venezuelan President Nicolas Maduro display a Venezuelan flag during a rally called by presidential candidate Edmundo Gonzalez Urrutia and opposition leader Maria Corina Machado, in front of the United Nations headquarters in Caracas on July 30, 2024. Venezuela braced for new demonstrations after four people died and dozens were injured when the authorities broke up protests against President Nicolas Maduro's claim of victory in the country's hotly disputed weekend election. (Photo by YURI CORTEZ / AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 06h49.

Os funcionários da Embaixada da Argentina na Venezuela deixaram o país nesta quinta-feira, devido à decisão do governo de Nicolás Maduro, anunciada na segunda-feira, de expulsar representantes diplomáticos de sete países por causa de suas posições sobre a eleição presidencial do último domingo.

"O Ministério das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da República Argentina comunica que funcionários da diplomacia, adidos militares e adidos administrativos que trabalhavam na Embaixada da Argentina na Venezuela deixaram o país com suas famílias", informou a pasta em comunicado.

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O Ministério havia anunciado mais cedo na quinta-feira que o Brasil assumiria a custódia das instalações da missão argentinaem Caracas, além da proteção dos opositores do governo de Maduro que estão asilados na residência da Embaixada desde 20 de março e cuja situação gerou forte controvérsia e preocupação.

"Foram dias e meses muito desafiadores para o pessoal da Embaixada, nos quais deram provas inquestionáveis de seu profissionalismo, suas qualidades humanas e seu senso de dever, tanto na proteção dos interesses da nação argentina quanto na proteção da vida e da liberdade dos seis solicitantes de asilo político que estão refugiados há mais de quatro meses na embaixada", acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.

O texto também enfatiza que a saída da equipe diplomática "foi ordenada pelo presidenteNicolás Madurocomo consequência do não reconhecimento e da rejeição" do governo argentino ao "resultado fraudulento da eleição presidencial que ocorreu em 28 de julho" e expressou a esperança de que ela possa retornar muito em breve "para cumprir suas funções em uma Venezuela livre e democrática".

Rompimento de relações

Na segunda-feira, o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou que Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá,República DominicanaeUruguairetirassem "imediatamente seus representantes" do país, como rejeição a suas "ações e declarações interferentes" em relação às eleições presidenciais vencidas por ele de forma polêmica.

Nos dias que se seguiram às eleições, cujos resultados foram denunciados pela oposição e por grande parte da comunidade internacional, o governo do presidente argentino, Javier Milei, denunciou fraudes e expressou preocupação com a segurança dos seis políticos da oposição que vivem em asilo na legação diplomática do país em Caracas.

Fontes do Ministério das Relações Exteriores informaram à EFE na quarta-feira que os diplomatas argentinos presentes em Caracas deixariam a Venezuela na quinta-feira rumo à Europa, com a ideia de que chegariam a Buenos Aires no sábado, vindos de Madri.

As relações entre Argentina e Venezuela - que foram estreitas durante os mandatos dos peronistas Néstor Kirchner (2003-2007), Cristina Kirchner (2007-2015) e Alberto Fernández (2019-2023) - pioraram desde que Milei, que teve sérias divergências com Maduro, chegou à Casa Rosada em dezembro do ano passado.

Manifestantes vão às ruas após eleição de Maduro

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