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Democratas superam obstáculos na Califórnia para desafiar agenda de Trump

Os democratas pretendem montar candidaturas para disputar a maioria parlamentar, onde os dois candidatos mais votados concorrem independentemente do partido

O grande número de candidatos democratas gerou o risco de dividir os votos do partido, mas também ameaçava eliminar o republicano John Cox da disputa pelo governo estadual (Lucy Nicholson/Reuters)

O grande número de candidatos democratas gerou o risco de dividir os votos do partido, mas também ameaçava eliminar o republicano John Cox da disputa pelo governo estadual (Lucy Nicholson/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de junho de 2018 às 10h29.

Sacramento - Os democratas da Califórnia superaram peculiaridades do sistema eleitoral do Estado e conseguiram montar candidaturas para desafiar os republicanos na maioria das disputas parlamentares mais importantes, no momento em que os eleitores de oito Estados escolheram candidatos para as eleições de novembro.

O sistema eleitoral californiano incomum, no qual os dois candidatos mais votados concorrem na eleição independentemente do partido, criou a possibilidade de os democratas ficarem fora de corridas disputadas em subúrbios conservadores ao sul de Los Angeles.

Em algumas áreas, o grande número de candidatos democratas gerou o risco de dividir os votos do partido -- mas a mesma peculiaridade também ameaçava eliminar o republicano John Cox da disputa pelo governo estadual.

No fim os candidatos democratas chegaram à votação final, assim como Cox.

"O comando de um partido só em Sacramento já é ruim o suficiente", disse Cox em referência ao predomínio democrata na legislatura estadual. "Mas eleições de um partido só são simplesmente antiamericanas".

Os democratas, impulsionados pelos baixos índices de aprovação do presidente Donald Trump, um republicano, e por uma série de vitórias em eleições especiais, esperam conquistar a maioria das 435 cadeiras da Câmara dos Deputados tirando 23 delas das mãos dos republicanos. O partido mira mais de uma dúzia de vagas ocupadas por republicanos só na Califórnia e em Nova Jersey.

O controle da Câmara provavelmente frearia grande parte da agenda de Trump e abriria espaço a uma nova era de supervisão de comitês e investigações sobre o governo.

Uma troca de poder no Congresso também daria força a qualquer possível iniciativa de impeachment de Trump se os democratas decidirem que existem justificativas, seja em função do inquérito em curso do procurador especial Robert Mueller sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial de 2016 ou por outras razões.

A Califórnia é vista como essencial para o resultado eleitoral de novembro. Os democratas estão de olho em 10 das 14 cadeiras da Câmara ocupadas por republicanos.

Mas o comparecimento alto de eleitores republicanos em todos os distritos ressaltou os desafios que os democratas enfrentarão para conquistar as áreas conservadoras que visaram em áreas suburbanas próximas de Los Angeles e Sacramento e na área agrícola do Vale de San Joaquin.

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