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Democratas e republicanos preparam ataques para reta final

Ambas as campanhas encaram as duas próximas semanas como cruciais e não vão poupar esforços para garantir a vitória nas eleições presidenciais de 6 de novembro

Mitt Romney e Barack Obama se encaram no último debate presidencial dos EUA em 22 de outubro em Boca Ratón, Flórida (Jewel Samad/AFP)
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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 19h30.

Boca Raton - Democratas e republicanos começam a gastar nesta terça-feira suas últimas munições eleitorais na reta final da campanha que será a continuação da disputada queda-de-braço de ontem no terceiro e último debate entre os dois candidatos à presidência para as eleições do dia 6 de novembro.

O presidente dos Estados Unidos e candidato democrata à reeleição, Barack Obama, começou hoje em Belray Beach (Flórida), a poucos minutos de onde ocorreu ontem o último debate, uma viagem por seis estados - Flórida, Ohio, Iowa, Colorado, Nevada e Virgínia -, que percorrerá nos próximos três dias e que inclui uma parada em Chicago na quinta-feira para votar antecipadamente.

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Seu rival republicano, Mitt Romney, estará hoje em Nevada, após perder o debate ontem com Obama sobre política externa, na Universidade Lynn de Boca Raton (Flórida), segundo analistas e pesquisas de opinião.

Romney, que ficou impassível ao receber os golpes mais contundentes de Obama, prometeu uma política externa mais agressiva se chegar à Casa Branca. O republicano não conseguiu desconstruir a imagem de líder firme e reflexivo do presidente durante o debate.

Mesmo assim, a realidade um dia após o embate televisivo é que Romney continua próximo de Obama, com o mesmo percentual do presidente (47%) nas últimas pesquisas de opinião.

Por isso, ambas as campanhas encaram as duas próximas semanas como cruciais e não vão poupar esforços para garantir a vitória nas eleições presidenciais de 6 de novembro.


Jim Messina, chefe da campanha de Obama, antecipou em entrevista à Agência Efe que milhares de voluntários serão mobilizados em todo o país para dialogar com os eleitores, o que implicará em muitas visitas de porta em porta e uma infinidade de ligações telefônicas.

"Acreditamos que nas últimas duas semanas os anúncios de televisão são menos importantes, embora os nossos sejam muito bons. São cruciais as conversas cara a cara, nos estados que vão decidir o resultado das eleições, sobre em quem as pessoas vão votar e por que", afirmou Messina.

Para isso, explicou, contam com uma militância "muito maior" que os republicanos, sobretudo nos estados decisivos do país, como Ohio, Flórida, Colorado e Iowa.

Em um sinal do quanto está em jogo, a campanha democrata anunciou hoje que Obama não perderá tempo nem a bordo do avião oficial Air Force One em sua viagem de três dias, pois vai telefonar do avião para eleitores indecisos e voluntários democratas em todo o país.

Seu discurso hoje em Belray Beach mostrou também que vai continuar tentando desconstruir a imagem de seu rival, a quem apresenta como um político de ideias em transformação que não inspira confiança.

"Na noite passada disse que apoiava a captura de Osama bin Laden, mas em 2007 disse que não faria um grande esforço para capturá-lo", afirmou hoje Obama.

"Eu chamo isso de "Romnésia"", acrescentou, sendo respondido pela audiência com um efusivo "Romnésia", "Romnésia", "Romnésia", uma mistura entre Romney e amnésia.

No entanto, os republicanos também deixaram claro que "vão fazer de tudo" nestas duas semanas.

"Continuamos trabalhando como se fosse o primeiro dia de campanha e vamos fazer de tudo para ganhar no dia 6 de novembro", disse à Efe Sharon Castillo, porta-voz da campanha de Romney.


Sharon afirmou, assim como os democratas, que Romney e seus correligionários vão concentrar os esforços nos estados mais divididos como Flórida, Virgínia, Carolina do Norte e, "sobre tudo", Ohio.

Os republicanos devem atacar os democratas em comícios e anúncios eleitorais com o assunto que mais incomoda: a economia, uma área na qual os porta-vozes de Obama reconhecem sua fraqueza.

"Quando se trata da economia, sei o que é necessário para criar 12 milhões de novos empregos", disse durante o debate de ontem o ex-governador de Massachusetts, que também criticou duramente o déficit público exagerado do país.

"Fui um empresário durante 25 anos e se não tivesse um orçamento equilibrado teria falido. O presidente não equilibrou o orçamento. Espero ter a oportunidade de fazê-lo eu mesmo", acrescentou.

A campanha republicana continuou hoje nessa linha de ataque, ao afirmar que Obama não tem uma agenda de verdade para o segundo mandato e advertiu que o que ele tem a oferecer é "mais do mesmo".

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