Além da forte atividade do setor industrial, o consumo aumentou também pela necessidade de geração térmica com o período de seca no País (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
A demanda por gás natural bateu recorde no Brasil no dia 9 de setembro, atingindo 83,3 milhões de metros cúbicos, informou nesta quarta-feira (15) a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, ressaltando que a empresa tem adquirido constantemente gás natural liquefeito (GNL) no mercado à vista internacional para atender o consumo.
Segundo ela, para suprir a quantidade de gás que tem sido demandada pelo País a empresa está trazendo da Bolívia o volume máximo especificado em contrato (pouco mais de 30 milhões de metros cúbicos diários) além de importar diariamente 4 milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito (GNL) para o Nordeste, produto que é regaseificado no terminal de Pecém, e um volume menor pelo terminal do Rio de Janeiro.
Além da forte atividade do setor industrial no Brasil, o consumo aumentou também pela necessidade de geração térmica devido ao período de seca no País, que obrigou a empresa a despachar praticamente todas as suas usinas térmicas alimentadas a gás e garantir o abastecimento para gerar mais de 6 mil megawatts por dia, contra os 200 megawatts que estavam sendo gerados em fevereiro, por exemplo.
"É um período seco, e portanto era previsível. Estamos perto do limite da nossa geração elétrica", disse Graça a jornalistas durante sua participação no evento Rio Oil & Gas, lembrando que por um acordo feito com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a empresa tem que fornecer gás para gerar até 6.650 megawatts caso necessário.
De acordo com dados informados por Foster, no dia 13 de setembro a Petrobras produziu 63,5 milhões de metros cúbicos de gás e mandou para o mercado 39 milhões de metros cúbicos. O resto foi reinjetado em campos da empresa ou utilizado em sua operação, para movimentar diversos tipos de instalações industriais.
Leia mais sobre Gás
Siga as últimas notícias de Energia no Twitter