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DEM tenta conter 'efeito Demóstenes' nas eleições

Pré-candidatos do DEM a prefeito procuram neutralizar o desgaste causado pela relação do ex-companheiro de partido Demóstenes Torres com o contraventor Carlinhos Cachoeira

ACM Neto (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2012 às 08h46.

Brasília - Embora as relações do ex-companheiro de partido Demóstenes Torres com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, sejam um prato cheio para os adversários nas eleições municipais, pré-candidatos do DEM a prefeito procuram neutralizar o desgaste com três argumentos principais.

Primeiro, sustentam a mesma tese do escândalo que envolveu o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda de que o partido não hesita em “cortar na própria carne”.

Também insistem que o episódio ficou restrito a Demóstenes e ao Estado de Goiás. Por fim, acrescentam que Carlinhos Cachoeira tem ligações com pessoas dos mais diferentes partidos, da situação e da oposição.

O pré-candidato à Prefeitura de Salvador e líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto, foi um dos que mais trabalharam por uma resposta rápida do partido. “Nosso discurso de campanha é: não passamos a mão na cabeça de ninguém, mesmo que seja um senador como o Demóstenes”, diz o deputado federal baiano.


“É um problema individual do Demóstenes e não é o primeiro que acontece no DEM nem na política brasileira. Não cabe trazer o problema de Goiás para o Rio ou para Salvador. Além disso, a estrutura do Carlos Cachoeira era pluripartidária e pluri-empresarial”, reforça o pré-candidato à prefeitura do Rio, Rodrigo Maia.

Comparação

Para o deputado Mendonça Filho, que disputará a sucessão do prefeito petista João da Costa no Recife, o DEM precisa demarcar a posição de “único partido que afastou um governador e um senador de seus quadros” e não fugir da comparação com escândalos que envolveram partidos aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora Dilma Rousseff.

“Os envolvidos no mensalão continuam em posição de mando e com grande prestígio no PT. Nem por isso se atribuem os desvios a todos os petistas. O DEM, ao contrário dos outros partidos, não tapa o sol com a peneira nem faz cara de paisagem”, diz Mendonça. “Estou absolutamente tranquilo. É desconfortável, mas não é o fim do mundo”, conclui o deputado.

Pronto para enfrentar a disputa pela prefeitura de Manaus (AM), o deputado Pauderney Avelino reconhece o prejuízo causado pelo senador Demóstenes Torres, mas diz que vai além dos limites do partido. “O senador Demóstenes fez mal não só ao partido, mas à política do País como um todo. Mas o DEM toma providências, não só com o Demóstenes. Quando descobrimos, nos livramos sumariamente”, conclui o pré-candidato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - Embora as relações do ex-companheiro de partido Demóstenes Torres com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, sejam um prato cheio para os adversários nas eleições municipais, pré-candidatos do DEM a prefeito procuram neutralizar o desgaste com três argumentos principais.

Primeiro, sustentam a mesma tese do escândalo que envolveu o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda de que o partido não hesita em “cortar na própria carne”.

Também insistem que o episódio ficou restrito a Demóstenes e ao Estado de Goiás. Por fim, acrescentam que Carlinhos Cachoeira tem ligações com pessoas dos mais diferentes partidos, da situação e da oposição.

O pré-candidato à Prefeitura de Salvador e líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto, foi um dos que mais trabalharam por uma resposta rápida do partido. “Nosso discurso de campanha é: não passamos a mão na cabeça de ninguém, mesmo que seja um senador como o Demóstenes”, diz o deputado federal baiano.


“É um problema individual do Demóstenes e não é o primeiro que acontece no DEM nem na política brasileira. Não cabe trazer o problema de Goiás para o Rio ou para Salvador. Além disso, a estrutura do Carlos Cachoeira era pluripartidária e pluri-empresarial”, reforça o pré-candidato à prefeitura do Rio, Rodrigo Maia.

Comparação

Para o deputado Mendonça Filho, que disputará a sucessão do prefeito petista João da Costa no Recife, o DEM precisa demarcar a posição de “único partido que afastou um governador e um senador de seus quadros” e não fugir da comparação com escândalos que envolveram partidos aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora Dilma Rousseff.

“Os envolvidos no mensalão continuam em posição de mando e com grande prestígio no PT. Nem por isso se atribuem os desvios a todos os petistas. O DEM, ao contrário dos outros partidos, não tapa o sol com a peneira nem faz cara de paisagem”, diz Mendonça. “Estou absolutamente tranquilo. É desconfortável, mas não é o fim do mundo”, conclui o deputado.

Pronto para enfrentar a disputa pela prefeitura de Manaus (AM), o deputado Pauderney Avelino reconhece o prejuízo causado pelo senador Demóstenes Torres, mas diz que vai além dos limites do partido. “O senador Demóstenes fez mal não só ao partido, mas à política do País como um todo. Mas o DEM toma providências, não só com o Demóstenes. Quando descobrimos, nos livramos sumariamente”, conclui o pré-candidato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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