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Defender Ucrânia não é 'vital' para os EUA, dizem Trump e seu rival DeSantis

É a primeira vez que DeSantis, cuja candidatura à corrida presidencial de 2024 é tratada como certa, pronuncia-se tão claramente sobre a guerra na Ucrânia

Guerra na Ucrânia: Os republicanos mais moderados sustentam que defender a Ucrânia e frear o expansionismo russo é crucial para os interesses dos EUA (AFP/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 14 de março de 2023 às 15h36.

O ex-presidente Donald Trump e seu provável rival para a nomeação como candidato republicano às eleições de 2024, Ron DeSantis, afirmaram quedefender a Ucrânia não é "vital" para os Estados Unidos, de acordo com um questionário publicado na segunda-feira, 14.

DeSantis, governador da Flórida de 44 anos, avaliou que os EUA "têm muitos interesses nacionais vitais", mas que "se enredar ainda mais em uma disputa territorial entre Ucrânia e Rússia não é um deles".

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É a primeira vez que DeSantis, cuja candidatura à corrida presidencial de 2024 é tratada como certa, pronuncia-se tão claramente sobre a guerra na Ucrânia .

O político respondeu por escrito, na segunda à noite, à emissora Fox News, que perguntou aos principais candidatos presidenciais republicanos sobre seus pontos de vista acerca do que será um dos temas de política externa nas eleições do ano que vem. Uma das questões era sobre se se opôr à Rússia era um interesse estratégico nacional vital.

Sua resposta demonstrafissuras dentro de um partido que tradicionalmente defendeu a participação dos Estados Unidos no cenário mundial.

"O financiamento virtual de 'cheque em branco' da administração (do presidente Joe) Biden deste conflito durante 'o tempo que for necessário', sem objetivos definidos, nem prestação de contas, distrai a atenção dos desafios mais urgentes do nosso país", acrescentou DeSantis.

À mesma pergunta Trump respondeu: "Não, mas para Europa é. Não para os Estados Unidos".

Defender a Ucrânia é crucial para os interesses americanos

Os republicanos mais moderados sustentam que defender a Ucrânia e frear o expansionismo russo é crucial para os interesses dos EUA.

A posição de DeSantis contrasta com as decisões que defendeu no Congresso, quando apoiou a ajuda militar à Ucrânia depois de a Rússia ter anexado a península da Crimeia em 2014. Também respaldou uma resolução que pressionava o então presidente Barack Obama para que proporcionasse armas, a fim de ajudar Kiev a "defender seu território soberano".

Muitos especialistas militares e analistas creem que o presidente russo, Vladimir Putin , aposta que os Estados Unidos se cansarão de ajudar a Ucrânia.

"A principal esperança de Putin se baseia em que Donald Trump volte ao cargo em 2025", escreveu Jonathan Chait da New York Magazine em fevereiro. "Agora tem uma segunda opção, se Trump falhar nas primárias. As probabilidades de que Putin termine a guerra são cada vez maiores", completou.

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