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Decreto sobre imigração de Trump polariza EUA, mostra pesquisa

A pesquisa realizada segunda e terça-feira mostrou que 49% dos adultos norte-americanos disseram concordar "fortemente" ou "um pouco" com o decreto

Imigração: a maioria dos norte-americanos, no entanto, não pensa que o país deve mostrar uma preferência por refugiados cristãos, como Trump sugeriu (Monica Almeida/Reuters)

Imigração: a maioria dos norte-americanos, no entanto, não pensa que o país deve mostrar uma preferência por refugiados cristãos, como Trump sugeriu (Monica Almeida/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 21h07.

Nova York - Os norte-americanos estão divididos sobre o decreto do presidente Donald Trump para bloquear temporariamente a entrada nos EUA de refugiados e também de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, com um pouco mais de aprovação da medida do que desaprovação, segundo uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada nesta terça-feira.

A pesquisa realizada segunda e terça-feira mostrou que 49 por cento dos adultos norte-americanos disseram concordar "fortemente" ou "um pouco" com o decreto de Trump, enquanto 41 por cento discordaram "fortemente" ou "um pouco", e outros 10 por cento disseram não saber.

Mas as respostas foram divididas quase que inteiramente entre as linhas partidárias.

Cerca de 53 por cento dos democratas afirmaram estar "totalmente em desacordo" com a ação de Trump, enquanto 51 por cento dos republicanos disseram estar "totalmente de acordo".

O decreto de Trump proibiu refugiados de entrar nos Estados Unidos por 120 dias e impediu indefinidamente a entrada de refugiados sírios. Também bloqueou cidadãos de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

O presidente, que fez campanha com a promessa de instalar o que chamou de "escrutínio extremo" no sistema de imigração, disse que o decreto assinado na sexta-feira visa proteger o país e suas fronteiras.

"Esta não é uma proibição muçulmana", disse ele.

A pesquisa Reuters/Ipsos mostrou que 31 por cento dos norte-americanos se sentem "mais seguros" por causa da proibição, em comparação com 26 por cento que disseram sentir-se "menos seguros".

Cerca de 38 por cento afirmaram sentir que os Estados Unidos estão dando "um bom exemplo" de como enfrentar melhor o terrorismo, enquanto 41 por cento acreditam que o país está dando "um mau exemplo".

Os democratas eram mais de três vezes propensos, em relação aos republicanos, a dizer que "os EUA deveriam continuar a acolher imigrantes e refugiados", e os republicanos tinham mais de três vezes mais probabilidades do que os democratas de concordar que "proibir as pessoas de países muçulmanos é necessário para evitar terrorismo".

A maioria dos norte-americanos, no entanto, não pensa que o país deve mostrar uma preferência por refugiados cristãos, como Trump sugeriu.

Cerca de 56 por cento, incluindo 72 por cento dos democratas e 45 por cento dos republicanos, discordaram que o país deveria "acolher os refugiados cristãos, mas não os muçulmanos".

No fim de semana, manifestantes invadiram grandes aeroportos dos EUA, onde alguns imigrantes haviam sido temporariamente detidos por causa do decreto.

Parlamentares, incluindo alguns do Partido Republicano de Trump, classificaram a decisão de discriminatória e contraproducente para a segurança nacional.

A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada online em inglês em todos os 50 Estados norte-americanos.

Reuniu as respostas de 1.201 pessoas, incluindo 453 democratas e 478 republicanos, e tem um intervalo de credibilidade, uma medida de precisão, de 3 pontos percentuais para toda a amostra e 5 pontos percentuais para democratas e republicanos.

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