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Declarações de Shimon Peres sobre Irã criam polêmica

O presidente israelense afirmou que seu país não pode atacar o Irã sem a ajuda dos Estados Unidos

Shimon Peres: os críticos ao presidente consideram que a tomada de posição de Peres ultrapassa o seu cargo, que não lhe concede poder de decisão (Brendan Smialowski/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2012 às 10h18.

Jerusalém - As declarações do presidente israelense, Shimon Peres, para quem seu país não pode atacar o Irã sem a ajuda dos Estados Unidos, provocaram uma polêmica nesta sexta-feira em Israel , onde o entorno do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, criticou duramente o presidente.

Fontes próximas a Netanyahu, citadas por meios de comunicação, consideraram que a tomada de posição do presidente israelense vai para além do que permite seu cargo, que não lhe concede poder efetivo.

"Shimon Peres esqueceu em que consiste sua função de presidente", declararam, afirmando que o presidente cometeu no passado "erros cruciais em matéria de segurança nacional". No entanto, um porta-voz de Netanyahu disse não poder "confirmar oficialmente" estas declarações.

"Netanyahu se esconde atrás de seus assessores, o que não atenua suas graves críticas", indicou o líder do opositor Partido Trabalhista Shelly Yashimovich, segundo o site Ynet.

Para Shimon Shiffer, analista político do jornal Yedioth Aharonot, "a posição do presidente, somada a de funcionários de alto escalão dos serviços secretos e de segurança, inclinará a balança, no debate atual, a favor dos que se opõem a um ataque israelense" contra o Irã.

Peres havia declarado na quinta-feira que está claro que Israel não pode atacar o Irã sem a ajuda dos Estados Unidos, afirmando estar convencido de que o presidente americano, Barack Obama, cumpriria sua promessa de impedir que o Irã se dote de armas atômicas.

Há semanas, e com maior insistência nos últimos dias, os meios de comunicação israelenses publicaram declarações de funcionários sob anonimato que asseguraram que uma ação militar israelense contra o programa nuclear iraniano é iminente.

Israel, única potência nuclear da região, embora nunca tenha reconhecido este status oficialmente, considera que sua existência será ameaçada caso Teerã obtenha uma bomba atômica.

O Irã, no entanto, nega que seu programa nuclear tenha objetivos militares.

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Jerusalém - As declarações do presidente israelense, Shimon Peres, para quem seu país não pode atacar o Irã sem a ajuda dos Estados Unidos, provocaram uma polêmica nesta sexta-feira em Israel , onde o entorno do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, criticou duramente o presidente.

Fontes próximas a Netanyahu, citadas por meios de comunicação, consideraram que a tomada de posição do presidente israelense vai para além do que permite seu cargo, que não lhe concede poder efetivo.

"Shimon Peres esqueceu em que consiste sua função de presidente", declararam, afirmando que o presidente cometeu no passado "erros cruciais em matéria de segurança nacional". No entanto, um porta-voz de Netanyahu disse não poder "confirmar oficialmente" estas declarações.

"Netanyahu se esconde atrás de seus assessores, o que não atenua suas graves críticas", indicou o líder do opositor Partido Trabalhista Shelly Yashimovich, segundo o site Ynet.

Para Shimon Shiffer, analista político do jornal Yedioth Aharonot, "a posição do presidente, somada a de funcionários de alto escalão dos serviços secretos e de segurança, inclinará a balança, no debate atual, a favor dos que se opõem a um ataque israelense" contra o Irã.

Peres havia declarado na quinta-feira que está claro que Israel não pode atacar o Irã sem a ajuda dos Estados Unidos, afirmando estar convencido de que o presidente americano, Barack Obama, cumpriria sua promessa de impedir que o Irã se dote de armas atômicas.

Há semanas, e com maior insistência nos últimos dias, os meios de comunicação israelenses publicaram declarações de funcionários sob anonimato que asseguraram que uma ação militar israelense contra o programa nuclear iraniano é iminente.

Israel, única potência nuclear da região, embora nunca tenha reconhecido este status oficialmente, considera que sua existência será ameaçada caso Teerã obtenha uma bomba atômica.

O Irã, no entanto, nega que seu programa nuclear tenha objetivos militares.

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