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Decisão judicial sobre Berlusconi abala governo italiano

Partido do ex-premier boicotou uma reunião da frágil coalizão governamental em protesto contra uma decisão desfavorável da Suprema Corte

Ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi: decisão da Suprema Corte irá acelerar a sentença que deverá banir o ex-premier da vida pública (REUTERS/Alessandro Garofalo)
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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 18h57.

Roma - O partido Povo da Liberdade (PDL), de Silvio Berlusconi , boicotou uma reunião da frágil coalizão governamental e obstruiu as atividades do Parlamento nesta quarta-feira em protesto contra uma decisão da Suprema Corte de acelerar a sentença que deverá bani-lo da vida pública.

O conservador PDL é o principal parceiro do Partido Democrático numa instável coalizão de governo que reúne esquerda e direita.

A Suprema Corte divulgou na terça-feira uma incomum declaração defendendo sua decisão de antecipar para 30 de julho o julgamento do recurso final de Berlusconi num processo por fraude tributária. Os advogados do político e empresário, de 76 anos, esperavam que o caso só tramitasse no fim do ano.

Nas instâncias inferiores, Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão e cinco anos sem direito a ter cargos públicos por cumplicidade em uma fraude tributária cometida pelo grupo de comunicações Mediaset, pertencente ao ex-premiê.

Berlusconi possivelmente escapará de ser preso por causa da idade, mas a permanência do seu partido na coalizão passará a ser duvidosa.

O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, disse que seu governo conseguirá sobreviver, mas alguns radicais no partido de Berlusconi possivelmente tentarão forçar à convocação de uma eleição em outubro se o seu líder for condenado.

Numa tentativa de garantir a lealdade do PDL, Letta voltou a prometer, em entrevista televisiva, que abolirá um imposto imobiliário odiado por seus aliados, apesar das dificuldades que isso acarretará no cumprimento das metas fiscais determinadas pela União Europeia.

A Suprema Corte disse que foi obrigada a convocar uma audiência extraordinária em 30 de julho porque parte do processo contra Berlusconi prescreveria em 1º de agosto.

Berlusconi e seus aliados acreditam que a decisão judicial, contrastando fortemente com o lento ritmo habitual da Justiça italiana, é mais uma prova de que ele sofre uma perseguição continuada e antidemocrática por parte de magistrados esquerdistas.

Recentemente, Berlusconi foi sentenciado em primeira instância pela acusação de pagar para ter sexo com uma menor. Ainda cabem dois recursos nesse processo.

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Roma - O partido Povo da Liberdade (PDL), de Silvio Berlusconi , boicotou uma reunião da frágil coalizão governamental e obstruiu as atividades do Parlamento nesta quarta-feira em protesto contra uma decisão da Suprema Corte de acelerar a sentença que deverá bani-lo da vida pública.

O conservador PDL é o principal parceiro do Partido Democrático numa instável coalizão de governo que reúne esquerda e direita.

A Suprema Corte divulgou na terça-feira uma incomum declaração defendendo sua decisão de antecipar para 30 de julho o julgamento do recurso final de Berlusconi num processo por fraude tributária. Os advogados do político e empresário, de 76 anos, esperavam que o caso só tramitasse no fim do ano.

Nas instâncias inferiores, Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão e cinco anos sem direito a ter cargos públicos por cumplicidade em uma fraude tributária cometida pelo grupo de comunicações Mediaset, pertencente ao ex-premiê.

Berlusconi possivelmente escapará de ser preso por causa da idade, mas a permanência do seu partido na coalizão passará a ser duvidosa.

O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, disse que seu governo conseguirá sobreviver, mas alguns radicais no partido de Berlusconi possivelmente tentarão forçar à convocação de uma eleição em outubro se o seu líder for condenado.

Numa tentativa de garantir a lealdade do PDL, Letta voltou a prometer, em entrevista televisiva, que abolirá um imposto imobiliário odiado por seus aliados, apesar das dificuldades que isso acarretará no cumprimento das metas fiscais determinadas pela União Europeia.

A Suprema Corte disse que foi obrigada a convocar uma audiência extraordinária em 30 de julho porque parte do processo contra Berlusconi prescreveria em 1º de agosto.

Berlusconi e seus aliados acreditam que a decisão judicial, contrastando fortemente com o lento ritmo habitual da Justiça italiana, é mais uma prova de que ele sofre uma perseguição continuada e antidemocrática por parte de magistrados esquerdistas.

Recentemente, Berlusconi foi sentenciado em primeira instância pela acusação de pagar para ter sexo com uma menor. Ainda cabem dois recursos nesse processo.

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