O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, discursa na sessão de abertura da reunião (Timothy A. Clary/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2014 às 12h38.
Os debates da Assembleia Geral da ONU começam nesta quarta-feira com a presença de líderes de todo o planeta e em meio a uma ofensiva internacional contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
A reunião anual com presença de dirigentes de 193 países acontecerá em um cenário de vários conflitos mundiais, com um grande protagonismo da ameaça do jihadismo radical e da coalizão internacional que segue acrescentando parceiros em negociações nos corredores da Organização das Nações Unidas.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, assegurou na terça-feira em Nova York que mais de 50 países já se uniram à coalizão internacional contra o Estado Islâmico impulsionada pelo governo americano, entre eles Turquia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, respaldou na terça-feira nesta cidade os bombardeios dos Estados Unidos e vários países árabes contra posições do EI, mas não confirmou se seu país se unirá à operação militar.
O alerta pela epidemia do ebola na África Ocidental, as negociações nucleares com o Irã, a crise da Ucrânia e o frágil cessar-fogo em Gaza são alguns dos temas de política externa que também terão relevo na Assembleia Geral.
Por sua vez, os países latino-americanos pedirão a reforma da ONU e muitos respaldarão a reivindicação da Argentina para estabelecer um marco regulador internacional que ponha fim às operações dos fundos especulativos, segundo fontes diplomáticas.
O debate, por tradição, será aberto pela presidente Dilma Rousseff, seguida dos Estados Unidos, como país anfitrião, Uganda, que preside neste ano a Assembleia Geral, e Espanha.
Nesta quarta-feira também discursarão, entre outros, os chefes de Estado ou do governo de Chile, França, México, Argentina, Turquia Bolívia, República Dominicana, Costa Rica, Honduras, Venezuela e Reino Unido.
Centenas de reuniões cruzadas fazem também que a sede das Nações Unidas e o centro de Manhattan, onde se concentram os hotéis nos quais se alojam as delegações, se transformem nesta semana na maior concentração de negociações da diplomacia mundial.