Robert De Niro discursa em apoio ao presidente Joe Biden em frente ao tribunal de Manhattan onde Donald Trump está sendo julgado, em Nova York (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 28 de maio de 2024 às 18h54.
Última atualização em 28 de maio de 2024 às 18h55.
O ator Robert De Niro chamou nesta terça-feira, 28, o magnata republicano Donald Trump de “palhaço” perigoso para a democracia, em um discurso em frente ao tribunal de Nova York onde o ex-presidente americano está sendo julgado.
De Niro, um veterano ativista político e crítico de Trump, disse aos repórteres que cobriam o julgamento que o ex-presidente (2017-2021) se tornará um ditador vitalício se for eleito em novembro.
"Quando Trump concorreu em 2016, foi como uma piada. Temos uma segunda chance e agora ninguém está rindo. Este é o momento de detê-lo", disse De Niro, que também chamou Trump de "tirano".
A inesperada manifestação de Robert De Niro ocorreu em meio a cenário barulhento de manifestantes pró-Trump e alarmes de carros.
O ator tem assumido um papel cada vez mais importante na campanha de reeleição do presidente dos EUA, Joe Biden, e inclusiva protagoniza uma nova propaganda televisiva do Partido Democrata.
De Niro alertou sobre uma possível vitória de Trump: “Se ele ganhar a Casa Branca, posso dizer desde já que ele nunca sairá”.
Queremos que ele governe este país e diga: 'Não vou embora? Sou um ditador vitalício'", acrescentou. “A única maneira de preservar as nossas liberdades e manter a nossa humanidade é votar em Joe Biden para presidente”, disse o famoso ator, estrela de filmes como “Taxi Driver”, “O Poderoso Chefão Parte II” e “Os Bons Companheiros”.
No âmbito do seu julgamento criminal e a menos de seis meses antes das eleições, Trump reiterou dentro da corte que o julgamento é uma ofensiva política contra ele. O magnata acusou diversas vezes o juiz Juan Merchan de parcialidade e denunciou que as eleições de 2020 foram fraudadas.
Nesta terça começaram as alegações finais da defesa e acusação, que diz que Trump falsificou registros contábeis para encobrir pagamentos a uma ex-atriz pornô, com o objetivo de manter em segredo, durante sua campanha em 2016, um escândalo sexual que teria ocorrido 10 anos antes.
A decisão dos 12 jurados que poderá fazer de Trump o primeiro ex-presidente da história dos Estados Unidos a ser condenado criminalmente é aguardada com expectativa em todo o país.