David Cameron: “a escolha incide em que tipo de país que queremos ser” (Oli Scarff/Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2016 às 13h00.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou hoje (20) que o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE) será realizado em 23 de junho.
Depois de apresentar a membros de seu governo o acordo alcançado na sexta-feira (19) à noite em Bruxelas com os outros países-membros da UE, Cameron confirmou que a posição oficial do governo britânico será defender a continuidade do país numa Europa reformulada.
Em breve declaração em frente ao número 10 de Downing Street (residência oficial e gabinete do primeiro-ministro britânico), Cameron qualificou o referendo de junho como “uma das maiores decisões” que o país e o povo britânico terão de enfrentar.
Depois de uma reunião de duas horas com o seu gabinete, o primeiro-ministro britânico argumentou que o Reino Unido ficará “mais seguro, mais forte e mais próspero no seio de uma União Europeia reformada”. Ele acrescentou que as concessões negociadas na sexta-feira com os outros líderes comunitários dão ao país “o melhor dos dois mundos”.
“A escolha incide em que tipo de país que queremos ser”, declarou Cameron. Ele alertou que os defensores da saída do Reino Unido da UE, conhecida como 'Brexit', oferecem “risco num momento de incerteza, um salto no escuro”.
“Deixar a Europa iria ameaçar a nossa economia e a nossa segurança nacional”, reforçou o primeiro-ministro britânico.
A data do referendo ainda tem de ser formalizada pelo parlamento britânico, onde David Cameron fará um pronunciamento na segunda-feira (22).
Segundo pesquisa publicada na sexta-feira, a opção de abandonar a UE venceria num referendo no Reino Unido por dois pontos percentuais sobre a escolha pela permanência no bloco.
A sondagem da empresa TNS indicou que 36% dos britânicos votariam por abandonar a UE, enquanto 34% votariam a favor de permanecer no bloco europeu. O levantamento mostrou que 23% dos entrevistados estavam indecisos e que 7% afirmaram que não iriam participar na consulta.