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Dalai Lama chega a Nova York para tratamento nos joelhos

Centenas de fiéis, muitos vestidos com o traje típico tibetano, aguardavam nos arredores do Hotel Park Hyatt, próximo do Central Park, para ver seu líder espiritual e receber sua "bênção", em meio a fortes medidas de segurança

No início de junho, o escritório em Dharamsala, cidade situada aos pés do Himalaia no norte da Índia, anunciou que o Dalai Lama viajaria aos Estados Unidos para receber "tratamento nos joelhos" (Petras Malukas/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 23 de junho de 2024 às 16h05.

Em meio ao fervor de centenas de pessoas, o Dalai Lama, líder espiritual tibetano de 88 anos, chegou neste domingo (23) a Nova York, onde deve se submeter a uma cirurgia de joelho, afirma a AFP.

No início de junho, seu escritório em Dharamsala, cidade situada aos pés do Himalaia no norte da Índia, onde está exilado desde 1959, anunciou que o Dalai Lama viajaria aos Estados Unidos para receber "tratamento nos joelhos".

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Segundo a agenda publicada por seu escritório, Tenzin Gyatso, seu nome real, não tem nenhuma atividade prevista até 6 de setembro.

Centenas de fiéis, muitos vestidos com o traje típico tibetano, aguardavam sob um calor sufocante nos arredores do Hotel Park Hyatt, próximo do Central Park, desde as primeiras horas da manhã para ver seu líder espiritual e receber sua "bênção", em meio a fortes medidas de segurança.

"Me senti realmente poderosa quando o vi!", afirmou Tenzin Pasang, que, como muitos tibetanos, tem o primeiro nome do carismático Dalai, a quem viu pela terceira vez.

"Todo o mundo estava muito emocionado já que é nosso líder", disse à AFP uma jovem de 18 anos nascida nos Estados Unidos.

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Sobre a agenda do líder tibetano

Antes de viajar a Nova York, o líder espiritual tibetano recebeu na quarta-feira em Dharamsala um grupo de legisladores americanos, entre eles a ex-presidente democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

O Congresso americano aprovou recentemente um texto que incentiva Pequim a retomar o diálogo com os dirigentes tibetanos, interrompido desde 2010.

Pequim, que defende que o Tibete faz parte de seu território, denunciou o que classificou de "ingerência externa" e pediu "encarecidamente" que os Estados Unidos "reconheçam a natureza separatista antichinesa do grupo" do Dalai Lama.

A China anexou o Tibete em 1950 e muitos exilados tibetanos temem que Pequim nomeie um sucessor do Dalai para consolidar sua influência nesse território do Himalaia.

O Dalai Lama, que fugiu de seu país em 1959, pôs fim em 2019 aos poderes políticos de seu status, que cedeu a um governo tibetano no exílio eleito democraticamente.

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