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Custos dos incêndios em Los Angeles podem ultrapassar US$ 275 bilhões

Estimativas indicam prejuízo entre US$ 250 e 275 bilhões, com impactos para governos, seguradoras e moradores

Bombeiros combatem chamas em Los Angeles; incêndios já devastaram mais de 40 mil hectares e causaram prejuízos bilionários. (JOSH EDELSON/AFP)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 09h05.

Os incêndios florestais que devastam Los Angeles desde o início do ano já são considerados um dos desastres mais caros da história dos Estados Unidos, com custos estimados entreUS$ 250 e 275 bilhões (R$ 1,52 e 1,67 trilhões). O desastre já destruiu mais de 40 mil hectares, deixou 25 mortos e causou danos a 12.300 estruturas, além de forçar o deslocamento de milhares de moradores.

Os prejuízos englobam tanto os danos diretos, como a remoção de entulho e abrigos emergenciais, quanto impactos indiretos, incluindo despesas médicas, perda de empregos e declínio no turismo local. Regiões de alto valor imobiliário, como Pacific Palisades, aumentam significativamente os custos, já que o valor médio das casas na área é deUS$ 3,5 milhões (R$ 21,3 milhões).

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O impacto financeiro será compartilhado entre governos locais, federais, seguradoras e moradores.A FEMA já anunciou auxílio para mitigação de riscos e cheques emergenciais de US$ 770 (R$ 4.675) para residentes afetados, enquanto o presidente Joe Biden garantiu que os custos de resposta emergencial serão cobertos integralmente pelo governo.

Apesar disso, muitos moradores enfrentam dificuldades com seguros. Grandes seguradoras, como State Farm e Farmers, têm excluído áreas consideradas de alto risco, forçando os residentes a recorrerem ao programa estadual FAIR, que oferece cobertura limitada e custos elevados.

A recuperação de Los Angeles pode refletir desigualdades vistas em desastres anteriores, como o Furacão Katrina, onde áreas de baixa renda enfrentaram maior dificuldade para acessar recursos. A reconstrução na cidade também deve ser encarecida pela alta demanda por mão de obra e materiais, além do investimento em práticas resilientes, como o uso de materiais retardantes de chamas e melhorias na infraestrutura de emergência.

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