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Curdos avançam no norte da Síria apesar de disparos turcos

O exército sírio cerca quase totalmente os bairros rebeldes de Aleppo, antiga capital econômica do país, e avança agora ao norte

Hospital apoiado pelos Médicos Sem Fronteiras na Síria após bombardeio: o exército sírio cerca quase totalmente os bairros rebeldes de Aleppo (GHAITH OMRAN / AL-MAARRA TODAY / AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 12h59.

As forças curdas seguiam avançando nesta segunda-feira na província do norte da Síria de Aleppo, apesar da intensificação dos bombardeios da artilharia da Turquia , cuja estratégia foi denunciada pela Rússia como provocação.

No noroeste deste país em guerra, 19 pessoas, entre elas quatro crianças, morreram nesta segunda-feira em bombardeios, ao que parece da aviação russa, contra um hospital apoiado pela Médicos Sem Fronteiras (MSF), segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Quinze dias depois de uma grande ofensiva das forças do regime de Bashar al-Assad, apoiadas por bombardeios aéreos russos, a situação é muito complexa e confusa na província de Aleppo.

O exército sírio cerca quase totalmente os bairros rebeldes de Aleppo, antiga capital econômica do país, e avança agora ao norte.

Aproveitando o enfraquecimento dos rebeldes, submetidos a intensos ataques aéreos russos, as forças curdas também avançavam nesta província - apesar de três dias de bombardeios da artilharia turca -, tomando várias localidades que estavam nas mãos dos insurgentes.

"Os combates são intensos a oeste de Tall Rifaat entre as forças democráticas da Síria (FDS, curdos) e os rebeldes", afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

"Ao menos 26 rebeldes morreram nestes combates", segundo o OSDH, que tem uma ampla rede de fontes na Síria.

Tall Rifaat é um dos três últimos redutos dos rebeldes no norte da província de Aleppo. Esta pequena cidade, cujo controle o exército sírio perdeu em 2012, está nas mãos dos insurgentes islamitas apoiados pela Turquia.

No domingo, 350 combatentes de uma facção islamita, Faylaq ao Sham, entraram a partir da Turquia para apoiar os rebeldes de Tall Rifaat, segundo o OSDH.

Nesta batalha de Aleppo, os curdos - que não estão alinhados com o regime nem com os rebeldes - querem sobretudo unir as regiões que controlam, uma a nordeste e outra a noroeste, para facilitar seu objetivo de autonomia, como o que os curdos no Iraque têm.

Território fragmentado

No entanto, a artilharia turca seguia nesta segunda-feira bombardeando pelo terceiro dia consecutivo a estrada a oeste de Tall Rifaat para tentar frear os reforços dos curdos do FDS.

No complexo conflito na Síria, o território está fragmentado entre o regime de Bashar al-Assad, as diferentes facções de rebeldes, os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e os próprios curdos.

Eles se encontraram na linha de frente do combate aos jihadistas do grupo EI.

Apesar dos apelos de Washington e Paris para que coloque fim aos seus bombardeios, o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu advertiu que eles serão mantidos para impedir que os curdos se apoderem de Azaz, uma localidade situada a 10 quilômetros da fronteira.

Para os turcos, os curdos sírios pertencem a organizações terroristas vinculadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo que realiza na Turquia uma sangrenta rebelião desde 1984.

Por sua vez a Rússia, que desde setembro apoia o regime de Assad e bombardeia posições dos rebeldes, também é aliada dos curdos. Moscou taxou nesta segunda-feira de provocadores os ataques turcos contra posições curdas e do regime de Assad e os classificou de "apoio não velado ao terrorismo internacional".

Em Kiev, o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu acusou nesta segunda-feira a Rússia de agir "como uma organização terrorista" na Síria e ameaçou com uma resposta da Turquia "extremamente firme".

O regime sírio também havia condenado no domingo os "reiterados ataques da Turquia".

O crescente envolvimento de Ancara no conflito sírio inquieta os ocidentais, que são ao mesmo tempo aliados da Turquia na Otan, e dos curdos, considerados por eles a força mais capaz de lutar contra o grupo EI, que controla parte da Síria e do vizinho Iraque.

Cinco anos depois do início da guerra na Síria, que deixou mais de 260.000 mortos, a situação humanitária é catastrófica no país. Agravou-se após a ofensiva do regime, com o êxodo de milhares de pessoas que se agrupam diante da ainda fechada fronteira turca ao norte do país.

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As forças curdas seguiam avançando nesta segunda-feira na província do norte da Síria de Aleppo, apesar da intensificação dos bombardeios da artilharia da Turquia , cuja estratégia foi denunciada pela Rússia como provocação.

No noroeste deste país em guerra, 19 pessoas, entre elas quatro crianças, morreram nesta segunda-feira em bombardeios, ao que parece da aviação russa, contra um hospital apoiado pela Médicos Sem Fronteiras (MSF), segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Quinze dias depois de uma grande ofensiva das forças do regime de Bashar al-Assad, apoiadas por bombardeios aéreos russos, a situação é muito complexa e confusa na província de Aleppo.

O exército sírio cerca quase totalmente os bairros rebeldes de Aleppo, antiga capital econômica do país, e avança agora ao norte.

Aproveitando o enfraquecimento dos rebeldes, submetidos a intensos ataques aéreos russos, as forças curdas também avançavam nesta província - apesar de três dias de bombardeios da artilharia turca -, tomando várias localidades que estavam nas mãos dos insurgentes.

"Os combates são intensos a oeste de Tall Rifaat entre as forças democráticas da Síria (FDS, curdos) e os rebeldes", afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

"Ao menos 26 rebeldes morreram nestes combates", segundo o OSDH, que tem uma ampla rede de fontes na Síria.

Tall Rifaat é um dos três últimos redutos dos rebeldes no norte da província de Aleppo. Esta pequena cidade, cujo controle o exército sírio perdeu em 2012, está nas mãos dos insurgentes islamitas apoiados pela Turquia.

No domingo, 350 combatentes de uma facção islamita, Faylaq ao Sham, entraram a partir da Turquia para apoiar os rebeldes de Tall Rifaat, segundo o OSDH.

Nesta batalha de Aleppo, os curdos - que não estão alinhados com o regime nem com os rebeldes - querem sobretudo unir as regiões que controlam, uma a nordeste e outra a noroeste, para facilitar seu objetivo de autonomia, como o que os curdos no Iraque têm.

Território fragmentado

No entanto, a artilharia turca seguia nesta segunda-feira bombardeando pelo terceiro dia consecutivo a estrada a oeste de Tall Rifaat para tentar frear os reforços dos curdos do FDS.

No complexo conflito na Síria, o território está fragmentado entre o regime de Bashar al-Assad, as diferentes facções de rebeldes, os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e os próprios curdos.

Eles se encontraram na linha de frente do combate aos jihadistas do grupo EI.

Apesar dos apelos de Washington e Paris para que coloque fim aos seus bombardeios, o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu advertiu que eles serão mantidos para impedir que os curdos se apoderem de Azaz, uma localidade situada a 10 quilômetros da fronteira.

Para os turcos, os curdos sírios pertencem a organizações terroristas vinculadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo que realiza na Turquia uma sangrenta rebelião desde 1984.

Por sua vez a Rússia, que desde setembro apoia o regime de Assad e bombardeia posições dos rebeldes, também é aliada dos curdos. Moscou taxou nesta segunda-feira de provocadores os ataques turcos contra posições curdas e do regime de Assad e os classificou de "apoio não velado ao terrorismo internacional".

Em Kiev, o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu acusou nesta segunda-feira a Rússia de agir "como uma organização terrorista" na Síria e ameaçou com uma resposta da Turquia "extremamente firme".

O regime sírio também havia condenado no domingo os "reiterados ataques da Turquia".

O crescente envolvimento de Ancara no conflito sírio inquieta os ocidentais, que são ao mesmo tempo aliados da Turquia na Otan, e dos curdos, considerados por eles a força mais capaz de lutar contra o grupo EI, que controla parte da Síria e do vizinho Iraque.

Cinco anos depois do início da guerra na Síria, que deixou mais de 260.000 mortos, a situação humanitária é catastrófica no país. Agravou-se após a ofensiva do regime, com o êxodo de milhares de pessoas que se agrupam diante da ainda fechada fronteira turca ao norte do país.

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