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Curdistão iraquiano acusa EI de usar bombas de cloro

Os testes revelaram que "as amostras continham níveis de cloro, sugerindo que essa substância foi usada de uma forma destinada a transformá-la em uma arma"


	Curdos iraquianos em manifestação contra o Estado Islâmico
 (Safin Hamed/AFP)

Curdos iraquianos em manifestação contra o Estado Islâmico (Safin Hamed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2015 às 17h52.

As autoridades do Curdistão iraquiano disseram, neste sábado, ter provas de que o grupo Estado Islâmico (EI) usou bombas de cloro em janeiro passado contra os peshmergas, as forças de segurança dessa região autônoma.

Em um comunicado divulgado neste sábado, a Comissão de Segurança da região do Curdistão afirmou que "as forças recolheram amostras do solo e de roupas, depois de um atentado suicida com carro-bomba em 23 de janeiro de 2015".

Os testes analisados na Europa revelaram que "as amostras continham níveis de cloro, sugerindo que essa substância foi usada de uma forma destinada a transformá-la em uma arma".

Presidida pelo filho do presidente curdo Massud Barzani, a Comissão avalia que a utilização de armas químicas mostra que o EI está acuado.

"O fato de que o EI se apoie em tais táticas mostra que ele perdeu a iniciativa e recorre a métodos desesperados", completou a nota.

Casos envolvendo o uso de cloro em bombas artesanais foram apontados em várias zonas da Síria e do Iraque.

Em geral, essas armas exalam uma fumaça alaranjada.

De acordo com médicos e testemunhas, pessoas expostas a esse gás em ataques recentes no Iraque apresentaram sintomas temporários, como vômitos e problemas respiratórios.

No início de março, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução, condenando o uso do gás de cloro como arma química no conflito sírio, mas sem indicar culpados.

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