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Cúpula empresarial começa com discursos contra protecionismo e pobreza

Reunião também pediu a aproximação entre o setor público e privado

Amanhã, no encerramento da Cúpula Empresarial das Américas, discursarão o presidente americano Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff (Pedro Santana/AFP)
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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 23h35.

Cartagena - A 1ª Cúpula Empresarial das Américas começou nesta sexta-feira com pedidos para a aproximação entre o setor público e privado para promover a prosperidade e discursos contra o protecionismo e as nacionalizações.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, inaugurou o encontro, que conta com a participação de cerca de 700 empresários. O evento está sendo realizado antes da abertura da 6ª Cúpula das Américas, que acontecerá de sábado a domingo em Cartagena.

Em seu discurso, o líder frisou a necessidade de derrotar a pobreza e reduzir as desigualdades na América Latina, característica da região que o deixa com 'vergonha'. Santos também falou sobre o papel dos empresários nessa tarefa.

'Sem os empresários a prosperidade para os habitantes do continente não chegará. Os empresários geram riqueza. Mas eles também têm uma responsabilidade enorme. Os senhores devem fazer todo o possível para melhorar o entorno social. Lutar contra a pobreza é um grande negócio para todos', afirmou o chefe de estado.

Quem também discursou foram o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, e o presidente do México, Felipe Calderón, que defendeu do livre mercado.

Depois discursaram os presidentes Sebastián Piñera (Chile), Otto Pérez Molina (Guatemala) e Laura Chinchila (Costa Rica), as primeiras-ministras da Jamaica, Portia Simpson-Miller, e Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, além de empresários, ministros, jornalistas, analistas econômicos e a cantora Shakira.

O progresso só será alcançado com 'abertura e liberdade econômica', disse Calderón diante de um auditório formado por representantes das mais importantes empresas do continente.

O presidente do México, país que atualmente lidera o G20, sustentou que assim como a América Latina tem 'um papel fundamental' para o crescimento da economia mundial num contexto de crise, também enfrenta um 'velho debate' sobre como melhorar sua competitividade.

'É o velho debate entre intervencionismo estatal e empresa privada e entre protecionismo e abertura comercial', disse o líder, que afirmou que o caminho rumo ao desenvolvimento 'não está na estatização, desapropriação ou qualquer nome que se queira dar à transferência de bens para o estado'.

Tanto Santos como seu compatriota Moreno insistiram no bom momento das economias latino-americanas.


A América Latina é atualmente 'o motor da economia mundial', com um Produto Interno Bruto (PIB) que pode ser 'duplicado' para o ano 2030 se forem adotadas as medidas apropriadas, assinalou Moreno.

Para o presidente do BID, a região está diante de uma 'década que pode ser decisiva', mas deve capitalizar as melhoras que experimentou nos últimos anos.

No entanto, ressaltou que a América Latina deve melhorar 'em graus superlativos' sua educação e também defendeu a necessidade de mais integração para 'conectar mais e melhor' as 'cadeias produtivas e de serviços' e fomentar o comércio regional.

Piñera também recomendou manter a aposta na integração e fazer isso com maior investimento em infraestrutura e em conhecimento.

'O mundo moderno é o da sociedade da informação e da inteligência e não terá paciência com aqueles países que não invistam em educação', salientou o presidente chileno.

A educação foi o tema central da fala de Shakira, que pediu aos empresários que se transformem em 'filantrocapitalistas' e invistam para garantir a melhor educação para a primeira infância, o que lhes trará benefícios, segundo disse.

A proposta do presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, foi promover os investimentos em 'infraestruturas verdes' no lugar das que representam uma 'agressão' ao meio ambiente, para apostar 'no progresso e no desenvolvimento', mas com 'responsabilidade ambiental'.

A presidente da Costa Rica, Laura Chinchila, participou de uma conversa centrada na educação com a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, e da Jamaica, Portia Simpson-Miller.

Chinchila lamentou que as universidades do continente sigam sendo conservadoras com um sistema educacional baseado em conteúdos de cultura geral que não estimulam os alunos.

Amanhã, no encerramento da Cúpula Empresarial das Américas, discursarão o presidente americano Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff, além do anfitrião Santos.

O presidente colombiano também fez uma chamada para que os governos dos Estados Unidos e do Canadá 'olhem para a América Latina não como uma região cheia de problemas, mas como um local de oportunidades de negócios'.

'A América Latina tem recursos e deve aproveitar isso. Temos água, temos a possibilidade de aumentar a produção de alimentos, temos biodiversidade, contamos com uma população jovem. Tudo isso é o que o mundo está buscando', comentou.

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Cartagena - A 1ª Cúpula Empresarial das Américas começou nesta sexta-feira com pedidos para a aproximação entre o setor público e privado para promover a prosperidade e discursos contra o protecionismo e as nacionalizações.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, inaugurou o encontro, que conta com a participação de cerca de 700 empresários. O evento está sendo realizado antes da abertura da 6ª Cúpula das Américas, que acontecerá de sábado a domingo em Cartagena.

Em seu discurso, o líder frisou a necessidade de derrotar a pobreza e reduzir as desigualdades na América Latina, característica da região que o deixa com 'vergonha'. Santos também falou sobre o papel dos empresários nessa tarefa.

'Sem os empresários a prosperidade para os habitantes do continente não chegará. Os empresários geram riqueza. Mas eles também têm uma responsabilidade enorme. Os senhores devem fazer todo o possível para melhorar o entorno social. Lutar contra a pobreza é um grande negócio para todos', afirmou o chefe de estado.

Quem também discursou foram o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, e o presidente do México, Felipe Calderón, que defendeu do livre mercado.

Depois discursaram os presidentes Sebastián Piñera (Chile), Otto Pérez Molina (Guatemala) e Laura Chinchila (Costa Rica), as primeiras-ministras da Jamaica, Portia Simpson-Miller, e Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, além de empresários, ministros, jornalistas, analistas econômicos e a cantora Shakira.

O progresso só será alcançado com 'abertura e liberdade econômica', disse Calderón diante de um auditório formado por representantes das mais importantes empresas do continente.

O presidente do México, país que atualmente lidera o G20, sustentou que assim como a América Latina tem 'um papel fundamental' para o crescimento da economia mundial num contexto de crise, também enfrenta um 'velho debate' sobre como melhorar sua competitividade.

'É o velho debate entre intervencionismo estatal e empresa privada e entre protecionismo e abertura comercial', disse o líder, que afirmou que o caminho rumo ao desenvolvimento 'não está na estatização, desapropriação ou qualquer nome que se queira dar à transferência de bens para o estado'.

Tanto Santos como seu compatriota Moreno insistiram no bom momento das economias latino-americanas.


A América Latina é atualmente 'o motor da economia mundial', com um Produto Interno Bruto (PIB) que pode ser 'duplicado' para o ano 2030 se forem adotadas as medidas apropriadas, assinalou Moreno.

Para o presidente do BID, a região está diante de uma 'década que pode ser decisiva', mas deve capitalizar as melhoras que experimentou nos últimos anos.

No entanto, ressaltou que a América Latina deve melhorar 'em graus superlativos' sua educação e também defendeu a necessidade de mais integração para 'conectar mais e melhor' as 'cadeias produtivas e de serviços' e fomentar o comércio regional.

Piñera também recomendou manter a aposta na integração e fazer isso com maior investimento em infraestrutura e em conhecimento.

'O mundo moderno é o da sociedade da informação e da inteligência e não terá paciência com aqueles países que não invistam em educação', salientou o presidente chileno.

A educação foi o tema central da fala de Shakira, que pediu aos empresários que se transformem em 'filantrocapitalistas' e invistam para garantir a melhor educação para a primeira infância, o que lhes trará benefícios, segundo disse.

A proposta do presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, foi promover os investimentos em 'infraestruturas verdes' no lugar das que representam uma 'agressão' ao meio ambiente, para apostar 'no progresso e no desenvolvimento', mas com 'responsabilidade ambiental'.

A presidente da Costa Rica, Laura Chinchila, participou de uma conversa centrada na educação com a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, e da Jamaica, Portia Simpson-Miller.

Chinchila lamentou que as universidades do continente sigam sendo conservadoras com um sistema educacional baseado em conteúdos de cultura geral que não estimulam os alunos.

Amanhã, no encerramento da Cúpula Empresarial das Américas, discursarão o presidente americano Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff, além do anfitrião Santos.

O presidente colombiano também fez uma chamada para que os governos dos Estados Unidos e do Canadá 'olhem para a América Latina não como uma região cheia de problemas, mas como um local de oportunidades de negócios'.

'A América Latina tem recursos e deve aproveitar isso. Temos água, temos a possibilidade de aumentar a produção de alimentos, temos biodiversidade, contamos com uma população jovem. Tudo isso é o que o mundo está buscando', comentou.

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