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Cubanos terão que solicitar visto americano em Bogotá

A embaixada os EUA em Havana começarão a transferir à sua missão na Colômbia os processos de visto migratório em tramitação

Cuba: a decisão põe fim à incerteza gerada pela redução dos serviços consulares americanos em Havana (Alexandre Meneghini/File Photo/Reuters)

Cuba: a decisão põe fim à incerteza gerada pela redução dos serviços consulares americanos em Havana (Alexandre Meneghini/File Photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 15h09.

Havana - Os cubanos que quiserem solicitar um visto migratório para os Estados Unidos deverão fazê-lo na embaixada americana em Bogotá, após Washington reduzir drasticamente sua delegação em Havana devido ao caso dos ataques "acústicos" sofridos por seus funcionários em Cuba.

Fontes da embaixada os EUA em Havana confirmaram à Agência Efe que nas próximas semanas começarão a transferir à sua missão na Colômbia os processos de visto migratório que se encontram atualmente nas primeiras fases de tramitação, bem como a programar entrevistas de novas solicitações.

Esta decisão põe fim à incerteza gerada pela redução dos serviços consulares americanos em Havana, e que deixou com os trâmites incompletos milhares de cubanos que tinham solicitado vistos migratórios, a maioria para se reunir com seus familiares exilados nos EUA.

A Colômbia, país que conta com voos diretos a Cuba, também exige visto aos cidadãos cubanos para entrar em seu território.

"Se o Centro Nacional de Vistos (NVC) ainda não tiver programado sua entrevista para a embaixada em Havana, o fará diretamente para a de Bogotá", comunicou a missão americana em uma circular enviada nesta sexta-feira.

"Entendemos que esta é uma mudança significativa e uma inconveniência para os solicitantes de vistos. No entanto, a quantidade de pessoal em Cuba neste momento não nos permite continuar com normalidade as operações de vistos em Havana", indicou por sua vez o porta-voz.

Os funcionários que ainda trabalham na ilha desempenharão apenas trabalhos diplomáticos básicos e, no caso da seção consular, proporcionarão assistência de emergência a cidadãos americanos em Cuba.

No caso dos vistos não migratórios - basicamente turísticos ou de negócios -, os cubanos poderão solicitá-los em qualquer embaixada ou consulado dos EUA em países terceiros, mas deverão fazê-lo pessoalmente.

Os únicos vistos não migratórios que serão tramitados em Havana serão os de tipo diplomático, oficial e os de casos de emergência em que a vida do solicitante está em risco por doença e precisa de tratamento nos EUA.

Sobre os processos de vistos migratórios que já foram iniciados na capital cubana, a circular explica que a embaixada entrará em contato em breve com instruções adicionais aos solicitantes já entrevistados e com aqueles cuja solicitação tinha sido admitida, mas que ainda não tinham feito a entrevista pessoal.

Cuba e os Estados Unidos atravessam momentos de tensão na sua relação bilateral por conta dos misteriosos "ataques acústicos" sofridos por mais de 20 diplomatas americanos em Havana que ainda estão sendo investigados e dos quais Cuba nega ser responsável.

Embora Washington não culpe o governo cubano pelos incidentes, o responsabiliza por não ter protegido adequadamente os funcionários, e por isso retirou mais da metade de seu pessoal em Havana e expulsou 15 diplomatas da embaixada cubana em Washington.

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