Cuba e Coreia do Norte decidem ampliar diálogo político e cooperação
Ambos "concordaram na importância de manter e ampliar o diálogo político de alto nível"
EFE
Publicado em 30 de novembro de 2018 às 08h49.
Havana - O presidente de Cuba , Miguel Díaz-Canel, e o líder da Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte, Kim Yong-nam , decidiram nesta quinta-feira em Havana ampliar o diálogo político e a cooperação bilateral, segundo informaram meios de comunicação oficiais da ilha.
Kim se encontra na ilha como parte de uma excursão latino-americana e, junto a Díaz-Canel, "passou em revista o excelente estado das relações bilaterais e suas perspectivas de desenvolvimento", afirma uma nota da estatal Agência Cubana de Notícias.
Ambos "concordaram na importância de manter e ampliar o diálogo político de alto nível".
O presidente cubano lembrou "com satisfação" sua visita em novembro deste ano à Coreia do Norte e "transferiu suas cordiais saudações ao líder norte-coreano, Kim Jong-un", destaca o texto.
Do encontro participaram o vice-presidente do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, Pak Tae-song, o vice-chanceler Ho Yong-bok e o embaixador de Pyongyang em Havana, Ma Chol-seu.
Junto a Díaz-Canel estiveram o ministro de Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, e o vice-chanceler Rogelio Sierra, entre outros funcionários da chancelaria e do governante Partido Comunista de Cuba.
Durante sua estadia na ilha, o líder parlamentar norte-coreano também se reuniu com o primeiro vice-presidente cubano, Salvador Valdés, um dos poucos dignatários estrangeiros que foi recebido em Piongyang por Kim Yong-un.
Coreia do Norte e Cuba mantêm boas relações desde que as iniciaram oficialmente em 1960, um ano depois do triunfo da revolução liderada pelo falecido Fidel Castro.
No último mês de agosto, o vice-presidente do Comitê de Estado do país asiático, Choe Ryong-hae, visitou Havana para repassar o estado dos laços bilaterais e entregar cartas do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ao presidente Miguel Díaz-Canel e ao ex-presidente e ainda primeiro-secretário do Partido Comunista, Raúl Castro.
Um mês antes esteve em Cuba o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, Ri Seu-yong, que também foi portador de mensagens de Kim Jong-un para Castro e Díaz-Canel.
Além disso, o presidente cubano, designado no último mês de abril, foi recebido por Kim em Pyongyang em 2015, quando era vice-presidente da ilha.
Cuba é a segunda parada na excursão latino-americana de Kim Yong-nam, que já visitou a Venezuela e agora deve se dirigir ao México.