Cuba acusa governo americano de recompensar terroristas
O jornal oficial Granma contestou decisão de um tribunal americano que condenou o governo da ilha a pagar US$ 2,8 bilhões a um exilado cubano que virou agente da CIA
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2011 às 17h10.
Havana - O jornal estatal de Cuba Granma afirmou nesta quinta-feira que "os Estados Unidos não só abrigam terroristas, como os recompensam" fazendo referência à indenização de US$ 2,8 bilhões em benefício de um exilado cubano e ex-agente da CIA (agência de inteligência americana).
Granma, porta-voz do governante Partido Comunista de Cuba, informa que a decisão judicial emitida em 19 de agosto por um tribunal de Miami ordena à ilha uma indenização de um "terrorista confesso" e "mercenário da CIA que se orgulha de ter capturado Che Guevara".
O ex-agente, Gustavo Villoldo, de 72 anos, tinha apresentado um processo judicial contra Cuba por suposta perseguição e danos morais, dizendo que sofreu torturas durante cinco dias, após ser detido por soldados de Fidel Castro em 6 de janeiro de 1959.
A indenização ordenada por esse tribunal é a maior concedida até o momento contra o governo cubano em tribunais dos Estados Unidos.
Publicado nesta quinta-feira, o artigo acusa Villoldo de ter organizado e dirigido sob orientação da CIA um "selvagem ataque" em 1971 contra a localidade cubana de Boca de Samá, na província oriental de Holguín, com o saldo de dois mortos e quatro pessoas gravemente feridas.
O jornal ressalta que o próprio Villoldo confessou há alguns anos sua participação no ocorrido a um repórter do "Miami New Times" e aponta que suas declarações "fortalecem de maneira absoluta a responsabilidade direta das autoridades americanas neste ato terrorista cometido contra Cuba".
"O ataque a Boca de Sama, uma vila de pescadores próxima à praia de Guardalavaca, é só um das operações terroristas, cuja autoria foi da organização Alpha 66, no final dos anos 1960 e início dos 1970. E é sem dúvidas a mais covarde de todas", destaca Granma.
Para o jornal do governo, Villoldo é um ex-mercenário da invasão anticastrista na Baía dos Porcos em 1961 que participou do assassinato do Che em outubro de 1967 e assegura ter organizado o enterro secreto do guerrilheiro. "O cúmulo: seu advogado em Miami, Andrew C. Hall, espera que se exproprie do dinheiro da indenização através de empresas cubanas no estrangeiro'", acrescenta o artigo.
A reivindicação de Volloldo foi interposta contra Fidel e seu irmão Raúl Castro, atual presidente de Cuba, o Ministério do Interior, o Exército e a República de Cuba.
O ex-agente, que vivia na ilha com sua família, se exilou depois de 1959. Trabalhou para a CIA, que o mandou em missões clandestinas para acabar com Che Guevara, e com esse objetivo começou as missões de sua busca e captura que terminaram na Bolívia, em 1967.
Havana - O jornal estatal de Cuba Granma afirmou nesta quinta-feira que "os Estados Unidos não só abrigam terroristas, como os recompensam" fazendo referência à indenização de US$ 2,8 bilhões em benefício de um exilado cubano e ex-agente da CIA (agência de inteligência americana).
Granma, porta-voz do governante Partido Comunista de Cuba, informa que a decisão judicial emitida em 19 de agosto por um tribunal de Miami ordena à ilha uma indenização de um "terrorista confesso" e "mercenário da CIA que se orgulha de ter capturado Che Guevara".
O ex-agente, Gustavo Villoldo, de 72 anos, tinha apresentado um processo judicial contra Cuba por suposta perseguição e danos morais, dizendo que sofreu torturas durante cinco dias, após ser detido por soldados de Fidel Castro em 6 de janeiro de 1959.
A indenização ordenada por esse tribunal é a maior concedida até o momento contra o governo cubano em tribunais dos Estados Unidos.
Publicado nesta quinta-feira, o artigo acusa Villoldo de ter organizado e dirigido sob orientação da CIA um "selvagem ataque" em 1971 contra a localidade cubana de Boca de Samá, na província oriental de Holguín, com o saldo de dois mortos e quatro pessoas gravemente feridas.
O jornal ressalta que o próprio Villoldo confessou há alguns anos sua participação no ocorrido a um repórter do "Miami New Times" e aponta que suas declarações "fortalecem de maneira absoluta a responsabilidade direta das autoridades americanas neste ato terrorista cometido contra Cuba".
"O ataque a Boca de Sama, uma vila de pescadores próxima à praia de Guardalavaca, é só um das operações terroristas, cuja autoria foi da organização Alpha 66, no final dos anos 1960 e início dos 1970. E é sem dúvidas a mais covarde de todas", destaca Granma.
Para o jornal do governo, Villoldo é um ex-mercenário da invasão anticastrista na Baía dos Porcos em 1961 que participou do assassinato do Che em outubro de 1967 e assegura ter organizado o enterro secreto do guerrilheiro. "O cúmulo: seu advogado em Miami, Andrew C. Hall, espera que se exproprie do dinheiro da indenização através de empresas cubanas no estrangeiro'", acrescenta o artigo.
A reivindicação de Volloldo foi interposta contra Fidel e seu irmão Raúl Castro, atual presidente de Cuba, o Ministério do Interior, o Exército e a República de Cuba.
O ex-agente, que vivia na ilha com sua família, se exilou depois de 1959. Trabalhou para a CIA, que o mandou em missões clandestinas para acabar com Che Guevara, e com esse objetivo começou as missões de sua busca e captura que terminaram na Bolívia, em 1967.