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Cruz Vermelha prepara mobilização global para eliminar Aedes

Mobilização acontecerá em todos os países afetados pelo zika para apoiar as comunidades no extermínio dos criadouros do mosquito transmissor deste víru


	Aedes aegypti: medidas vão prevenir uma maior expansão do zika e reduzir os casos de dengue e de outras doenças
 (Thinkstock/AbelBrata)

Aedes aegypti: medidas vão prevenir uma maior expansão do zika e reduzir os casos de dengue e de outras doenças (Thinkstock/AbelBrata)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2016 às 14h36.

Genebra - A Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) anunciou nesta terça-feira uma mobilização em todos os países afetados pelo zika para apoiar as comunidades no extermínio dos criadouros do mosquito transmissor deste vírus e para que essas áreas se mantenham limpas a longo prazo.

As área prioritárias serão os subúrbios urbanos, "onde há muitos criadouros" de mosquito devido às condições de insalubridade, disse o responsável do Departamento de Saúde da FICV, Julie Hall.

As sociedades nacionais da Cruz Vermelha na América Latina e no Caribe mobilizarão sua rede de voluntários nesta campanha para mostrar às comunidades como remover os criadouros do mosquito e seus ovos.

O especialista explicou que os ovos se adaptam aos locais secos e sobrevivem vários meses, inclusive sob baixas temperaturas, e as larvas saem assim que a temperatura aumentar e entrar em contato com a água.

A OMS declarou no último dia 1 uma emergência sanitária de alcance internacional pelo aumento de casos de microcefalia em recém-nascidos e desordens neurológicas em adultos, que suspeita-se que estejam relacionados com a propagação do zika.

O especialista recomendou esfregar cuidadosamente todas as superfícies onde há água estagnada e ter cuidado com os recipientes de água potável, com a gestão dos resíduos domésticos e com a superfície dos vasos.

Em entrevista à Agência Efe, Hall precisou que estes esforços devem ser continuados e a longo prazo para controlar a transmissão do vírus e interromper o contato do humano com o mosquito, que além do zika transmite a dengue e a chicungunha.

"Vamos apoiar as comunidades para que façam seus esforços, que têm que ser a longo prazo e que cada família deve pôr em prática diariamente", enfatizou a especialista.

"É preciso esfregar com força as superfícies onde o mosquito pode ter deixado seus ovos, que não são visíveis ao olho humano, tirar a água e assegurar que não retornem", continuou.

Hal mencionou que inclusive os folhas de bananeira, onde pode ficar depositada água da chuva, são potenciais viveiros do mosquito "Aedes aegypti".

Hall recalcou que todas estas medidas não só servirão para prevenir uma maior expansão do zika, mas também contribuirão para reduzir os casos de dengue e de outras doenças vinculadas às águas sujas estagnadas, como a diarreia, que a cada ano provoca 750 mil mortes.

A FICV antecipou que para cumprir com esse programa terá que ajustar para cima seu pedido inicial de fundos, que era de US$ 2,4 milhões, embora indicou que ainda estuda o financiamento extra que será requerido.

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