Ucrânia: o conflito no leste da Ucrânia, que engloba as regiões de Donestk e Lugansk, explodiu em abril de 2014 (Getty/Getty Images)
EFE
Publicado em 10 de março de 2017 às 14h05.
Genebra - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou nesta sexta-feira o forte aumento das hostilidades no leste da Ucrânia desde o início deste ano, após um período de relativa estabilidade nessa região separatista.
O ressurgimento da violência armada afeta gravemente as condições de vida de centenas de milhares de pessoas que residem em cidades e localidades próximas à linha de combate, revelou o presidente do CICV, Peter Maurer, em comunicado.
Maurer disse que, em uma visita de cinco dias à Ucrânia, pôde observar que a população vive "sob a ameaça constante de bombardeios, tiroteios ou a explosão de alguma mina".
A volta dos combates sugere que a população esteja com acesso restrito a recursos básicos, como alimentos e água, assim como eletricidade.
"O funcionamento da usina de tratamento de água de Donestk, da qual dependem milhares de pessoas, foi interrompido várias vezes durante vários dias e nossas equipes começaram a levar água em caminhões-pipa", afirmou.
A organização humanitária reiterou o pedido para que sejam estabelecidas "zonas de segurança" e que as instalações de água, gás e eletricidade sejam excluídas das áreas onde os grupos separatistas combatem as forças governamentais ucranianas.
O conflito no leste da Ucrânia, que engloba as regiões de Donestk e Lugansk, explodiu em abril de 2014 e levou à divisão do país, com o apoio da Rússia.
O presidente russo, Vladimir Putin, recentemente assinou um decreto no qual ordenou reconhecer como válidos na Rússia todos os documentos, inclusive os de identidade, emitidos pelos separatistas de ambas as províncias.
Além disso, Lugansk implantou o rublo como moeda oficial.