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Croácia recebe 7 mil refugiados em um dia e esgota limite

O ministro indicou que quem quiser pedir asilo será levado a centros de registro e que quem não quiser solicitá-lo será considerado imigrantes ilegal

Refugiados entrando em ônibus na fronteira croata: refugiados chegam a Croácia pela fronteira entre Sérvia e Macedônia, onde continuam a chegar pessoas que passaram antes por Grécia e Turquia (Reuters / Antonio Bronic)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 13h47.

Zagreb - O ministro de Interior da Croácia , Ranko Ostojic, advertiu nesta quinta-feira que seu país não tem mais capacidade para continuar a receber refugiados , depois que sete mil pessoas terem entrado no país desde ontem vindos da Sérvia.

"Neste momento esgotamos nossas capacidades e nas conversas com dirigentes do Acnur (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados) e da União Europeia (UE) dissemos que a Croácia está já cheia", declarou Ostojic, segundo a agência croata "Hina".

Ostojic lançou esta advertência desde a passagem fronteiriça de Tovarnik, por onde continuam a chegar refugiados desde o fechamento da fronteira húngara, que criou esta rota alternativa pela qual as pessoas fogem dos conflitos no Oriente Médio para a Europa.

O ministro indicou que quem quiser pedir asilo será levado a centros de registro, como determina a legislação europeia, e que quem não quiser solicitá-lo será considerado imigrantes ilegal.

Dessa forma, parece estar descartado o anúncio inicial das autoridades croatas de permitir a rápida passagem dos refugiados através de seu território para outros países mais ricos da União Europeia.

"Não somos um país que em um determinado momento não possa ser solidário, mas agora pedimos (aos outros países pelo que os refugiados chegam) que parem a afluência".

"Não é aceitável que a Croácia seja tratada como um país em que os acordos internacionais devem ser respeitados e que isso não seja feito nos países dos arredores pelos quais passam os imigrantes", disse.

Nesta manhã, o primeiro-ministro croata, Zoran Milanovic, tinha advertido que seu país tem uma limitada capacidade de atender a chegada maciça de refugiados e de registrar todos.

Os refugiados chegam a Croácia pela fronteira entre Sérvia e Macedônia, onde continuam a chegar pessoas que passaram antes por Grécia e Turquia.

Em Tovarnik, milhares de refugiados esperavam hoje durante horas na estação de trens para serem transportados de forma organizada até os centros de amparo em Zagreb e outras localidades croatas.

Uma centena deles perdeu a paciência e decidiu ir a pé pela ferrovia rumo a Zagreb, mas retornaram após um pedido da polícia, que também não permite transportes individuais, embora alguns, segundo a imprensa local, estivessem dispostos a pagar um táxi ou um ônibus regular.

Em um hotel de Zagreb onde centenas de refugiados foram hospedados, a tensão aumenta diante da exigência que deixem de marchar para seguir para outros países, principalmente a Alemanha.

Os refugiados gritam "liberdade" e "passagem livre", e a polícia reforçou sua presença na região.

O governo croata estimou ontem que tem capacidade para conduzir a chegada de 1.500 exilados por dia, mas não de dezenas de milhares.

O ministro da Saúde, Sinisa Varga, declarou hoje que o governo prevê receber 20 mil refugiados nas próximas duas semanas.

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Zagreb - O ministro de Interior da Croácia , Ranko Ostojic, advertiu nesta quinta-feira que seu país não tem mais capacidade para continuar a receber refugiados , depois que sete mil pessoas terem entrado no país desde ontem vindos da Sérvia.

"Neste momento esgotamos nossas capacidades e nas conversas com dirigentes do Acnur (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados) e da União Europeia (UE) dissemos que a Croácia está já cheia", declarou Ostojic, segundo a agência croata "Hina".

Ostojic lançou esta advertência desde a passagem fronteiriça de Tovarnik, por onde continuam a chegar refugiados desde o fechamento da fronteira húngara, que criou esta rota alternativa pela qual as pessoas fogem dos conflitos no Oriente Médio para a Europa.

O ministro indicou que quem quiser pedir asilo será levado a centros de registro, como determina a legislação europeia, e que quem não quiser solicitá-lo será considerado imigrantes ilegal.

Dessa forma, parece estar descartado o anúncio inicial das autoridades croatas de permitir a rápida passagem dos refugiados através de seu território para outros países mais ricos da União Europeia.

"Não somos um país que em um determinado momento não possa ser solidário, mas agora pedimos (aos outros países pelo que os refugiados chegam) que parem a afluência".

"Não é aceitável que a Croácia seja tratada como um país em que os acordos internacionais devem ser respeitados e que isso não seja feito nos países dos arredores pelos quais passam os imigrantes", disse.

Nesta manhã, o primeiro-ministro croata, Zoran Milanovic, tinha advertido que seu país tem uma limitada capacidade de atender a chegada maciça de refugiados e de registrar todos.

Os refugiados chegam a Croácia pela fronteira entre Sérvia e Macedônia, onde continuam a chegar pessoas que passaram antes por Grécia e Turquia.

Em Tovarnik, milhares de refugiados esperavam hoje durante horas na estação de trens para serem transportados de forma organizada até os centros de amparo em Zagreb e outras localidades croatas.

Uma centena deles perdeu a paciência e decidiu ir a pé pela ferrovia rumo a Zagreb, mas retornaram após um pedido da polícia, que também não permite transportes individuais, embora alguns, segundo a imprensa local, estivessem dispostos a pagar um táxi ou um ônibus regular.

Em um hotel de Zagreb onde centenas de refugiados foram hospedados, a tensão aumenta diante da exigência que deixem de marchar para seguir para outros países, principalmente a Alemanha.

Os refugiados gritam "liberdade" e "passagem livre", e a polícia reforçou sua presença na região.

O governo croata estimou ontem que tem capacidade para conduzir a chegada de 1.500 exilados por dia, mas não de dezenas de milhares.

O ministro da Saúde, Sinisa Varga, declarou hoje que o governo prevê receber 20 mil refugiados nas próximas duas semanas.

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