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Críticos dizem que relatórios da ONU devem ser mais concisos

Produção de estudos sobre o aquecimento global consome muito tempo e, em alguns casos, se desatualizam rapidamente

Aquecimento global: especialistas acham que seria aconselhável produzir relatórios mais frequentes e mais focados, a respeito de secas, inundações e ondas de calor no ano pregresso (Stock.Xchange)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 09h58.

Oslo - O painel climático da ONU deveria se preocupar em fazer relatórios mais curtos e focados, em vez de avaliações abrangentes como a que será publicada nesta semana, segundo muitos cientistas e governos.

Os grandes estudos sobre o aquecimento global, produzidos a cada seis ou sete anos pelo Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), são muito respeitáveis, mas a produção consome muito tempo e, em alguns casos, se desatualizam rapidamente.

"Um arrasa-quarteirão a cada seis anos não é mais realmente útil", disse Myles Allen, professor da Universidade de Oxford e um dos autores que contribuíram com um sumário das conclusões do IPCC a ser apresentado na sexta-feira em Estocolmo.

Muitos especialistas acham que seria aconselhável produzir relatórios mais frequentes e mais focados, a respeito de secas, inundações e ondas de calor no ano pregresso, por exemplo, para avaliar se a mudança climática está influenciando na sua frequência ou severidade.

Já os relatórios especiais poderiam focar em questões como a produção de alimentos sob um clima em mutação, as perspectivas de geoengenharia --projetos para reduzir a incidência de luz solar, por exemplo-- ou os riscos de mudanças irreversíveis, como o rápido degelo da Antártida Ocidental.

O IPCC está trabalhando em três relatórios de visão geral, totalizando cerca de 3.000 páginas, começando pelo sumário de 31 páginas a ser lançado na sexta-feira, após quatro dias sendo editado por cientistas e representantes governamentais.


Um grande trunfo do IPCC é que as avaliações climáticas são aprovadas tanto por cientistas quanto por governos, o que dá a esses textos uma ampla aceitação nas negociações para um acordo climático global, a ser aprovado até 2015. Possíveis reformas serão discutidas em outubro na Geórgia.

"Apoio o ciclo global de avaliação, mas argumentamos fortemente pela necessidade de complementá-lo com atualizações frequentes", disse Johan Rockstrom, diretor do Centro de Resiliência de Estocolmo.

O governo dos EUA apresentou neste ano propostas para reformas do IPCC, também defendendo mais relatórios especiais. A Grã-Bretanha sugeriu ferramentas tipo "wiki", para permitir atualizações mais frequentes, e a Itália argumenta que não há a "necessidade automática" de mais um grande relatório sobre a ciência da mudança climática, como o que será lançado em Estocolmo, elevando para cerca de 95 por cento a probabilidade de que o aquecimento global tenha causas humanas.

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Oslo - O painel climático da ONU deveria se preocupar em fazer relatórios mais curtos e focados, em vez de avaliações abrangentes como a que será publicada nesta semana, segundo muitos cientistas e governos.

Os grandes estudos sobre o aquecimento global, produzidos a cada seis ou sete anos pelo Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), são muito respeitáveis, mas a produção consome muito tempo e, em alguns casos, se desatualizam rapidamente.

"Um arrasa-quarteirão a cada seis anos não é mais realmente útil", disse Myles Allen, professor da Universidade de Oxford e um dos autores que contribuíram com um sumário das conclusões do IPCC a ser apresentado na sexta-feira em Estocolmo.

Muitos especialistas acham que seria aconselhável produzir relatórios mais frequentes e mais focados, a respeito de secas, inundações e ondas de calor no ano pregresso, por exemplo, para avaliar se a mudança climática está influenciando na sua frequência ou severidade.

Já os relatórios especiais poderiam focar em questões como a produção de alimentos sob um clima em mutação, as perspectivas de geoengenharia --projetos para reduzir a incidência de luz solar, por exemplo-- ou os riscos de mudanças irreversíveis, como o rápido degelo da Antártida Ocidental.

O IPCC está trabalhando em três relatórios de visão geral, totalizando cerca de 3.000 páginas, começando pelo sumário de 31 páginas a ser lançado na sexta-feira, após quatro dias sendo editado por cientistas e representantes governamentais.


Um grande trunfo do IPCC é que as avaliações climáticas são aprovadas tanto por cientistas quanto por governos, o que dá a esses textos uma ampla aceitação nas negociações para um acordo climático global, a ser aprovado até 2015. Possíveis reformas serão discutidas em outubro na Geórgia.

"Apoio o ciclo global de avaliação, mas argumentamos fortemente pela necessidade de complementá-lo com atualizações frequentes", disse Johan Rockstrom, diretor do Centro de Resiliência de Estocolmo.

O governo dos EUA apresentou neste ano propostas para reformas do IPCC, também defendendo mais relatórios especiais. A Grã-Bretanha sugeriu ferramentas tipo "wiki", para permitir atualizações mais frequentes, e a Itália argumenta que não há a "necessidade automática" de mais um grande relatório sobre a ciência da mudança climática, como o que será lançado em Estocolmo, elevando para cerca de 95 por cento a probabilidade de que o aquecimento global tenha causas humanas.

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