Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, retornou nesta sexta-feira a seu escritório da Casa Rosada, sede do Executivo, mas sem qualquer atividade oficial programada, informou a imprensa local.

A governante visitou nos dois últimos dias no hospital sua mãe, Ofelia Wilhem, que está internada recuperando-se de uma operação à qual foi submetida na quarta-feira passada e hoje retomou suas funções à frente do governo.

A prolongada ausência da primeira linha política de Cristina, que neste sábado completa um mês sem mostrar-se em um ato público, levantou rumores e especulações sobre o estado de saúde da presidente e o suposto vazio do poder que vive o país.

A intensa atividade de Cristina à frente do Executivo argentino sofreu uma freada forte em outubro passado, por causa da operação à qual foi submetida para drenar um hematoma craniano, produto de uma queda sobre a qual ainda se desconhecem os detalhes.

Em novembro, com a alta médica na mão, a presidente foi retomando pouco a pouco suas atividades na residência oficial de Olivos e efetuou as primeiras mudanças em sua equipe de governo após as eleições legislativas de outubro na qual seu partido, o Frente para a Vitória, sofreu um duro revés.

A ausência de Cristina tornou-se mais patente durante alguns dos inesperados eventos que ocorreram em dezembro, como os saques em distintas províncias por causa de uma greve de policiais ou os maciços cortes de luz pela onda de calor.

Com o retorno de suas férias do Natal, que passou na cidade sulina de El Calafate junto com sua família, no último dia 6, se esperava sua volta às atividades oficiais; no entanto, a representação governamental segue ostentada por seu chefe de Gabinete, Jorge Capitanich. EFE