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Cristina Kirchner declara R$ 260 mil em patrimônio a órgão anticorrupção

Cristina Kirchner informou na declaração não possuir imóveis e ações de empresas

Argentina: a maior parte do patrimônio de Cristina foi transferido em 2016 aos dois filhos da ex-presidente (Agustin Marcarian/Reuters)

Argentina: a maior parte do patrimônio de Cristina foi transferido em 2016 aos dois filhos da ex-presidente (Agustin Marcarian/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 16h22.

Buenos Aires — Ao assumir o cargo de vice-presidente da Argentina no último dia 10 de dezembro, a ex-presidente Cristina Kirchner declarou possuir um patrimônio de 3,73 milhões de pesos (cerca de R$ 260,6 mil).

As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo Escritório Anticorrupção da Argentina. Presidente do país entre 2007 e 2015, Cristina é a segunda com menor patrimônio no novo governo, atrás apenas do ministro da Defesa, Agustín Rossi, que declarou possuir 3,49 milhões de pesos (R$ 243,8 mil).

As declarações foram enviadas pelos membros do governo ao Escritório Anticorrupção pouco antes da posse. Os documentos contêm informações sobre imóveis, contas bancárias, ações e dívidas que cada um deles possui.

O processo é anual para garantir que há um controle periódico do patrimônio dos funcionários do alto escalão escolhidos pelo presidente Alberto Fernández. Ainda em 2020, todos terão que enviar mais uma vez essa declaração ao órgão anticorrupção.

Fernández, porém, ainda não apresentou o documento exigido pelo Escritório Anticorrupção. No entanto, ele já havia declarado os bens que possui ao órgão quando se candidatou à presidência como líder da chapa da coalizão Frente de Todos.

Segundo o documento, Fernández possui um patrimônio de 2,92 milhões de pesos argentinos (R$ 204,8 mil), além de uma dívida com a Administração Federal de Receita Pública (AFIP, na sigla em espanhol) de 403 mil pesos (cerca de R$ 28,1 mil).

O atual presidente também possui um apartamento de 175 metros quadrados em Buenos Aires, comprado em 2000 e avaliado em 996 mil pesos (cerca de R$ 69,5 mil), além de ser proprietário de um carro da marca Toyota, cujo valor informado é de 410 mil pesos (R$ 28,3 mil).

Patrimônio

Diferentemente do colega de chapa, Cristina informou na declaração não possuir imóveis e ações de empresas. Os 3,73 milhões de pesos relatados ao Escritório Anticorrupção representam um avanço na declaração de patrimônio da ex-presidente, que em agosto do ano passado, quando ainda era senadora, informou ao órgão possuir 2,93 milhões de pesos (R$ 204,6 mil).

Segundo o documento, Cristina tem 2,6 milhões de pesos (R$ 181,8 mil) em "créditos" com a AFIP. Além disso, ela possui 679,9 mil pesos em uma conta bancária (R$ 47,4 mil), 356 mil pesos (R$ 24,8 mil) em dinheiro em espécie.

A maior parte do patrimônio de Cristina foi transferido em 2016 aos dois filhos da ex-presidente, Máximo e Florença Kirchner. Eles dividiram na época 74 milhões de pesos (R$ 5,1 milhões na cotação atual). Na doação havia 26 imóveis, ações em diferentes empresas e outros investimentos.

Alvo de várias investigações por corrupção, a ex-presidente enfrenta bloqueios financeiros superiores a 800 milhões de pesos (cerca de R$ 55,8 milhões).

O mais rico

O Escritório Anticorrupção recebeu até o momento as declarações de 12 ministros e três secretários de Estado. Até o momento, o ministro de Turismo e Esportes, Matías Lammens, é o que tem o maior patrimônio, com 36,6 milhões de pesos argentinos (R$ 2,55 milhões).

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