Crise nuclear ameaça meta japonesa de redução de emissões
Para garantir o fornecimento de energia, após a desativação de quatro centrais nucleares, o país pode ser obrigado a recorrer a fontes de energia mais poluentes
Vanessa Barbosa
Publicado em 5 de abril de 2011 às 16h33.
São Paulo - As consequências do acidente de Fukushima vão além da contaminação nuclear no meio ambiente e dos riscos à saúde daqueles que vivem próximo à central. Desde o começo da semana, fala-se também de um possível descumprimento da meta de redução de emissões de carbono do Japão prevista para os próximos anos, por conta da emergência na usina.
Com o anúncio na última semana de que o governo japonês pretende desativar quatro centrais nucleares, circula entre as mídias estrangeiras o temor de que o país tenha que recorrer a fontes fósseis, como carvão e petróleo, para garantir o abastecimento de energia.
Segundo a agência de notícias AFP, um funcionário do governo nipônico teria dito que o Japão estava buscando acordos junto aos países signatários do protocolo de Kyoto para poder abandonar a meta que obriga o país a reduzir suas emissões em 6% entre 2008 e 2012, em relação ao ano base de 1990.
Em entrevista a jornalistas, entretanto, as autoridades japonesas negaram alterações no programa de redução. O diretor da Divisão de Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Exteriores, Takehiro Kano, disse que a ideia de não cumprimento da meta é "sem fundamento" e insistiu que o Japão, apesar do acidente, continua empenhado em alcançar os níveis de redução esperados.
Um desafio maior ainda espreita o país - o de cumprir as metas ambiciosas que preveem reduções de 25% das emissões anuais até 2020. A fim de obter sucesso nessa tarefa, o programa oficial japonês prevê investimentos pesados no setor nuclear, que tem emissões nulas de gases estufa.
Pelo menos mais nove usinas nucleares deverão ser instaladas nos próximos dez anos, além das atuais 54 em operação. Todavia, até o momento, as autoridades japonesas não emitiram parecer oficial sobre esse assunto, o que só aumenta as especulações a respeito da real capacidade do país de cumprir com as metas de Kyoto, após os trágicos acontecimentos recentes.
São Paulo - As consequências do acidente de Fukushima vão além da contaminação nuclear no meio ambiente e dos riscos à saúde daqueles que vivem próximo à central. Desde o começo da semana, fala-se também de um possível descumprimento da meta de redução de emissões de carbono do Japão prevista para os próximos anos, por conta da emergência na usina.
Com o anúncio na última semana de que o governo japonês pretende desativar quatro centrais nucleares, circula entre as mídias estrangeiras o temor de que o país tenha que recorrer a fontes fósseis, como carvão e petróleo, para garantir o abastecimento de energia.
Segundo a agência de notícias AFP, um funcionário do governo nipônico teria dito que o Japão estava buscando acordos junto aos países signatários do protocolo de Kyoto para poder abandonar a meta que obriga o país a reduzir suas emissões em 6% entre 2008 e 2012, em relação ao ano base de 1990.
Em entrevista a jornalistas, entretanto, as autoridades japonesas negaram alterações no programa de redução. O diretor da Divisão de Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Exteriores, Takehiro Kano, disse que a ideia de não cumprimento da meta é "sem fundamento" e insistiu que o Japão, apesar do acidente, continua empenhado em alcançar os níveis de redução esperados.
Um desafio maior ainda espreita o país - o de cumprir as metas ambiciosas que preveem reduções de 25% das emissões anuais até 2020. A fim de obter sucesso nessa tarefa, o programa oficial japonês prevê investimentos pesados no setor nuclear, que tem emissões nulas de gases estufa.
Pelo menos mais nove usinas nucleares deverão ser instaladas nos próximos dez anos, além das atuais 54 em operação. Todavia, até o momento, as autoridades japonesas não emitiram parecer oficial sobre esse assunto, o que só aumenta as especulações a respeito da real capacidade do país de cumprir com as metas de Kyoto, após os trágicos acontecimentos recentes.