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Crise não será resolvida sem ouvir pró-russos, diz Rússia

O ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que sem a participação dos grupos de oposição pró-Rússia da Ucrânia não se solucionará a crise no país

Serguei Lavrov, ministro russo das Relações Exteriores: Lavrov afirmou que os manifestantes querem ser ouvidos (Yuri Kadobnov/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 10h11.

Viena -O ministro das Relações Exteriores da Rússia , Seguei Lavrov, disse nesta terça-feira que sem a participação dos grupos de oposição pró-Rússia do leste e do sul da Ucrânia "se vai andar em círculos" e não se solucionará a crise no país.

Lavrov, que participou em Viena (Áustria) de uma conferência ministerial do Conselho da Europa, afirmou que os manifestantes querem ser ouvidos e que as autoridades de Kiev devem desistir de usar a força contra os grupos pró-Rússia.

O chefe da diplomacia russa afirmou que Moscou está disposto a fazer parte de uma nova conferência como a realizada em Genebra (Suíça) em abril, com a participação da Rússia, Estados Unidos, União Europeia (UE) e Ucrânia, mas apenas se forem incluídas as regiões ucranianas de maioria russa.

"Poderíamos nos reunir de novo no mesmo formato de Genebra, mas sem o leste e sul (da Ucrânia) não faz sentido", afirmou Lavrov em entrevista coletiva. "É preciso colocar todos os ucranianos na mesa", defendeu.

Lavrov disse que a Ucrânia, e não A Rússia, é que deve aplicar os acordos de Genebra para diminuir a tensão.

"Uma solução é possível mas só pode ser encontrada mediante um diálogo nacional, se as vozes do sul e leste forem escutadas", opinou Lavrov, antes de partir rumo ao aeroporto de Viena, onde ainda se deve reunir nesta tarde com o chanceler alemão, Frank-Walter Steinmeier.

O ministro alemão, que não participou hoje da reunião do Conselho da Europa, decidiu voar para a capital austríaca para se reunir com Lavrov em uma nova tentativa de mediar a crise ucraniana.

O chanceler russo se referiu ainda ao pedido dos Estados Unidos e da UE para que Moscou retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia, e afirmou que as forças de seu país estão realizando manobras que não violam nenhum acordo.

Lavrov exigiu que o exército ucraniano se mantenha "neutro" no processo político e "não lute contra o povo".

O ministro criticou também que Kiev tenha convocado eleições presidenciais em maio, sem que esteja pronta a nova Constituição, e argumentou que o texto deve estar pronto por volta de setembro para que a votação seja realiza no final do ano.

*Atualizada às 10h11 do dia 06/05/2014

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O chefe da diplomacia russa afirmou que Moscou está disposto a fazer parte de uma nova conferência como a realizada em Genebra (Suíça) em abril, com a participação da Rússia, Estados Unidos, União Europeia (UE) e Ucrânia, mas apenas se forem incluídas as regiões ucranianas de maioria russa.

"Poderíamos nos reunir de novo no mesmo formato de Genebra, mas sem o leste e sul (da Ucrânia) não faz sentido", afirmou Lavrov em entrevista coletiva. "É preciso colocar todos os ucranianos na mesa", defendeu.

Lavrov disse que a Ucrânia, e não A Rússia, é que deve aplicar os acordos de Genebra para diminuir a tensão.

"Uma solução é possível mas só pode ser encontrada mediante um diálogo nacional, se as vozes do sul e leste forem escutadas", opinou Lavrov, antes de partir rumo ao aeroporto de Viena, onde ainda se deve reunir nesta tarde com o chanceler alemão, Frank-Walter Steinmeier.

O ministro alemão, que não participou hoje da reunião do Conselho da Europa, decidiu voar para a capital austríaca para se reunir com Lavrov em uma nova tentativa de mediar a crise ucraniana.

O chanceler russo se referiu ainda ao pedido dos Estados Unidos e da UE para que Moscou retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia, e afirmou que as forças de seu país estão realizando manobras que não violam nenhum acordo.

Lavrov exigiu que o exército ucraniano se mantenha "neutro" no processo político e "não lute contra o povo".

O ministro criticou também que Kiev tenha convocado eleições presidenciais em maio, sem que esteja pronta a nova Constituição, e argumentou que o texto deve estar pronto por volta de setembro para que a votação seja realiza no final do ano.

*Atualizada às 10h11 do dia 06/05/2014

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