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Crise na UE e impasse político levariam a recessão nos EUA, diz Moody's

País poderia entrar em recessão nos próximos 12 meses devido ao fracasso dos políticos americanos em encontrar uma saída para o déficit e à inércia dos líderes europeus

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso (e), e o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy
 (AFP)

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso (e), e o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2011 às 12h33.

Washington - O fracasso dos políticos americanos em encontrar uma saída para o déficit do país, e a falta de ação dos líderes europeus poderiam levar os Estados Unidos à recessão nos próximos 12 meses, indicou nesta segunda-feira a agência Moody's Analytics.

Mark Zandi, principal economista do grupo de pesquisas privado, assinalou que a economia americana poderá crescer a um ritmo de 2% ao ano na segunda metade de 2011, e 2,5% no próximo ano, com a condição de que não haja cortes substanciais nos gastos públicos.

"A economia americana cresce, mas em um ritmo frustrantemente lento, o que a torna suscetível a uma nova queda em caso de problemas adicionais", indicou Zandi. "Mas há 40% de chances de que os Estados Unidos experimentem uma nova recessão nos próximos seis ou 12 meses."

Zandi identificou "três ameaças principais à recuperação econômica: a crise europeia da dívida, a crise nos Estados Unidos, e o abismo crescente entre o Congresso e o governo envolvendo a política fiscal".

"Em nossa perspectiva de base, os Estados Unidos evitarão a recessão apenas porque esperamos que, dentro de alguns meses", os políticos tomem consciência do problema.

Zandi advertiu ainda que a falta de ação dos líderes europeus poderia afetar as perspectivas de crescimento dos Estados Unidos. Neste domingo, no entanto, a chefe de governo alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, comprometeram-se a "resolver os problemas" da Europa rapidamente, e, principalmente, recapitalizar os bancos atingidos pela crise da dívida.

Segundo Zandi, embora a economia americana consiga crescer, o nível de desemprego, atualmente de 9,1%, não irá variar muito no próximo ano.

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