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Crise na Nicarágua deixou 535 mortos em 7 meses, diz organização

A quantidade de feridos também aumentou de 4.102 para 4.353. O governo até agora reconheceu 199 mortes

Protestos na Nicarágua (Oswaldo Rivas/Reuters)

Protestos na Nicarágua (Oswaldo Rivas/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de novembro de 2018 às 16h25.

Manágua - A crise sociopolítica que a Nicarágua atravessa deixou 535 mortos em quase sete meses, como parte dos protestos contra o presidente Daniel Ortega, informou a Associação Nicaraguense Pró-Direitos Humanos (ANPDH) neste sábado.

O número, que é um pouco maior do que o informado pela organização em 22 de outubro, ainda é preliminar, de acordo com o secretário-executivo Álvaro Leiva.

Da mesma forma que nos relatórios anteriores, a ANPDH afirmou que essas pessoas morreram "em protestos cívicos como um direito humano", contra o governo de Ortega. A quantidade de feridos também aumentou de 4.102 para 4.353. O governo até agora reconheceu 199 mortes.

O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) responsabilizaram o governo por mais de 300 mortes, assim como por execuções extrajudiciais, torturas, obstrução de atendimento médico, detenções arbitrárias, sequestros e violência sexual, entre outras violações dos direitos humanos. O presidente rejeitou todas as acusações e alega ter sido vítima de uma tentativa de "golpe de Estado".

Os protestos contra Ortega e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram em 18 de abril, devido a fracassadas reformas da seguridade social e se tornaram um movimento que pede a renúncia do governante, depois de 11 anos no poder e com acusações de abuso e corrupção. EFE

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