Crise europeia abala relação entre França e Inglaterra
Relações entre David Cameron e Nicolas Sarkozy ficaram tensas depois da rejeição britânica ao acordo contra a crise
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 14h33.
Paris - A crise da Eurozona parece ter colocado à prova a até então bem sucedida relação franco-britânica, cujas desavenças têm sido evidenciadas pela tensas relações entre Nicolas Sarkozy e David Cameron.
Após a união entre Paris e Londres para a intervenção na Líbia e o vínculo pessoal entre Sarkozy e Cameron, o novo cenário que se monta é de atrito entre os dois líderes e dos interesses das duas nações.
Nos últimos dias, os responsáveis franceses multiplicaram seus ataques contra o Reino Unido, único país da União Europeia que rejeitou o acordo da semana passada em Bruxelas, que visa reforçar a disciplina orçamentária.
"A situação econômica da Grã-Bretanha é hoje muito preocupante e do ponto de vista econômico é preferível ser francês que britânico", disse o ministro francês de Finanças, François Baroin, num momento em que a França corre o risco de perder sua nota AAA, a melhor possível para as agências de classificação financeira.
Na véspera, o primeiro-ministro François Fillon já havia dito que "os amigos britânicos estão ainda mais endividados que nós e possuem um déficit mais alto".
"E as agências de classificação parecem não se dar conta disso", afirmou.
Na quinta-feira, o governador do Banco da França, Christian Noyer, solicitou às agências para que rebaixassem a nota do Reino Unido antes de reduzir a nota dos países da Eurozona.
O governo inglês voltou a rebater essas críticas nesta sexta-feira, dizendo que seu sólido plano de recuperação foi aprovado por várias organizações internacionais e irá eliminar quase todo o déficit público em cinco ou seis anos.
Já a imprensa britânica considerou escandalosas as declarações francesas. Os veículos britânicos mostraram também um vídeo no qual Sarkozy parece "ignorar" a David Cameron, quando este lhe estende a mão após um encontro em Bruxelas.
"É evidente que a Inglaterra declarou guerra às declarações francesas", disse o jornal conservador inglês, Daily Telegraph.
Numa tentativa de conter os ânimos, no entanto, Nicolas Sarkozy disse que a União Europeia precisa da Grã-Bretanha.
Paris - A crise da Eurozona parece ter colocado à prova a até então bem sucedida relação franco-britânica, cujas desavenças têm sido evidenciadas pela tensas relações entre Nicolas Sarkozy e David Cameron.
Após a união entre Paris e Londres para a intervenção na Líbia e o vínculo pessoal entre Sarkozy e Cameron, o novo cenário que se monta é de atrito entre os dois líderes e dos interesses das duas nações.
Nos últimos dias, os responsáveis franceses multiplicaram seus ataques contra o Reino Unido, único país da União Europeia que rejeitou o acordo da semana passada em Bruxelas, que visa reforçar a disciplina orçamentária.
"A situação econômica da Grã-Bretanha é hoje muito preocupante e do ponto de vista econômico é preferível ser francês que britânico", disse o ministro francês de Finanças, François Baroin, num momento em que a França corre o risco de perder sua nota AAA, a melhor possível para as agências de classificação financeira.
Na véspera, o primeiro-ministro François Fillon já havia dito que "os amigos britânicos estão ainda mais endividados que nós e possuem um déficit mais alto".
"E as agências de classificação parecem não se dar conta disso", afirmou.
Na quinta-feira, o governador do Banco da França, Christian Noyer, solicitou às agências para que rebaixassem a nota do Reino Unido antes de reduzir a nota dos países da Eurozona.
O governo inglês voltou a rebater essas críticas nesta sexta-feira, dizendo que seu sólido plano de recuperação foi aprovado por várias organizações internacionais e irá eliminar quase todo o déficit público em cinco ou seis anos.
Já a imprensa britânica considerou escandalosas as declarações francesas. Os veículos britânicos mostraram também um vídeo no qual Sarkozy parece "ignorar" a David Cameron, quando este lhe estende a mão após um encontro em Bruxelas.
"É evidente que a Inglaterra declarou guerra às declarações francesas", disse o jornal conservador inglês, Daily Telegraph.
Numa tentativa de conter os ânimos, no entanto, Nicolas Sarkozy disse que a União Europeia precisa da Grã-Bretanha.