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Crise econômica adia planos de divórcio nos EUA

De acordo com a pesquisa, três de cada dez americanos consultados afirmam que a crise aprofundou seus laços matrimoniais

Recessão pressionou americanos a fortalecerem seus casamentos (Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 05h51.

Washington - Quase 40% dos casais americanos com intenções de divórcio adiaram seus planos devido à recessão econômica, segundo um estudo universitário sobre o impacto da crise nos casamentos do país publicado na última segunda-feira.

O estudo, realizado pelo Projeto de Casamento Nacional da Universidade da Virgínia e intitulado "A Grande Recessão e o Casamento", indica, no entanto, um duplo efeito nos casamentos estudados.

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Pelo levantamento, três de cada dez americanos consultados afirmam que a crise aprofundou seus laços matrimoniais".

"Para alguns, a pressão financeira, associada à Grande Recessão, prejudicou seus casamentos. Mas para outros, esta recessão impulsionou um novo compromisso com o casamento", explicou Bradford Wilcox, professor de sociologia e diretor do projeto.

"Alguns casais estão adiando seu divórcio até poderem dispor dos meios financeiros necessários para levá-lo a cabo", precisou Wilcox, destacando ainda que os casais que reconheciam estar em alto nível de risco de divórcio representavam 5% dos consultados.

Já 52% dos casais afirmam ter "um casamento feliz ou muito feliz".

Um divórcio nos EUA pode custar desde US$ 100, quando não existem elementos em disputa, até US$ 20 mil quando o caso tem que ser resolvido nos tribunais.

Os números mostram um progressivo declive nos divórcios nos EUA nos últimos anos, desde 20% a cada 1 mil casamentos em 2005 a 16,4% em 2009, segundo dados do Projeto de Casamento Nacional publicados em 2010.

"Acho que veremos o aumento do divórcio uma vez que a recuperação tenha se completado. Mas devemos reconhecer que alguns casais desenvolveram uma nova apreciação por seu casamento devido à grande recessão", acrescentou Wilcox.

O efeito, realizado em nível nacional, ouviu 1.200 americanos casados entre 18 e 46 anos de idade.

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