Crianças sofrem abusos de rebeldes e tropas na Síria
Segundo ONU, grupos opositores recrutam crianças refugiadas em países vizinhos enquanto forças do governo sírio detêm e torturam crianças ligadas a rebeldes
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 20h00.
Nações Unidas - Grupos opositores apoiados pelo Ocidente na Síria recrutam crianças refugiadas em países vizinhos enquanto forças do governo sírio detêm e torturam crianças ligadas a rebeldes, afirmou o secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, em um relatório divulgado nesta terça-feira.
O relatório constatou que nas fases iniciais do conflito de quase três anos as tropas do governo sírio foram em grande parte responsáveis por violações graves contra crianças. Conforme o conflito se intensificou e a oposição armada tornou-se mais organizada, os rebeldes cometeram um número crescente de abusos infantis.
"O sofrimento suportado pelas crianças na República Árabe da Síria desde o início do conflito, conforme documentado neste relatório, é inexplicável e inaceitável", disse Ban no relatório, datado de 27 de janeiro e publicado na Internet nesta terça-feira.
Enquanto a Organização das Nações Unidas já havia acusado os dois lados do conflito de graves violações contra crianças, este é o primeiro relatório ao Conselho de Segurança que detalha a extensão do agravamento do problema. O documento cobre o período de 1º de março de 2011 a 15 de novembro de 2013.
Ban disse que os grupos armados da oposição têm recrutado e usado crianças em funções de apoio e para o combate.
"De particular interesse são os casos de recrutamento ou tentativa de recrutamento de crianças dentro de populações de refugiados em países vizinhos. A maioria dos incidentes foi relacionado com o recrutamento por grupos filiados ao Exército Sírio Livre ou grupos armados curdos sírios", disse Ban.
Uma frágil aliança de grupos rebeldes moderados forma o Exército Sírio Livre, que é liderado pelo Comando Militar Supremo. Potências ocidentais e árabes têm tentado fortalecê-lo como uma força para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, mas o grupo tem perdido o apoio de brigadas de rebeldes para uma aliança islâmica.
Arábia Saudita e Catar apoiam o Comando Militar Supremo com armas, treinamento, dinheiro e inteligência, enquanto os Estados Unidos e a Grã-Bretanha forneceram ajuda não-letal, como comunicações e equipamentos de transporte.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha suspenderam a ajuda não- letal para o norte da Síria, em dezembro, depois de relatos de que combatentes islâmicos apreenderam armazéns de armas de rebeldes apoiados pelo Ocidente, principalmente porque esses materiais poderiam acabar em mãos perigosas.
Mas os Estados Unidos fornecem armas leves para facções rebeldes sírias moderadas no sul do país, e o Congresso dos EUA aprovou o financiamento para mais entregas nos próximos meses, de acordo com autoridades de segurança.
Mais de dois milhões de pessoas - em sua maioria mulheres e crianças - fugiram do conflito na Síria, que começou em março de 2011 com protestos populares contra Assad e culminou em uma guerra civil depois de uma repressão pelas forças de segurança.
Nações Unidas - Grupos opositores apoiados pelo Ocidente na Síria recrutam crianças refugiadas em países vizinhos enquanto forças do governo sírio detêm e torturam crianças ligadas a rebeldes, afirmou o secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, em um relatório divulgado nesta terça-feira.
O relatório constatou que nas fases iniciais do conflito de quase três anos as tropas do governo sírio foram em grande parte responsáveis por violações graves contra crianças. Conforme o conflito se intensificou e a oposição armada tornou-se mais organizada, os rebeldes cometeram um número crescente de abusos infantis.
"O sofrimento suportado pelas crianças na República Árabe da Síria desde o início do conflito, conforme documentado neste relatório, é inexplicável e inaceitável", disse Ban no relatório, datado de 27 de janeiro e publicado na Internet nesta terça-feira.
Enquanto a Organização das Nações Unidas já havia acusado os dois lados do conflito de graves violações contra crianças, este é o primeiro relatório ao Conselho de Segurança que detalha a extensão do agravamento do problema. O documento cobre o período de 1º de março de 2011 a 15 de novembro de 2013.
Ban disse que os grupos armados da oposição têm recrutado e usado crianças em funções de apoio e para o combate.
"De particular interesse são os casos de recrutamento ou tentativa de recrutamento de crianças dentro de populações de refugiados em países vizinhos. A maioria dos incidentes foi relacionado com o recrutamento por grupos filiados ao Exército Sírio Livre ou grupos armados curdos sírios", disse Ban.
Uma frágil aliança de grupos rebeldes moderados forma o Exército Sírio Livre, que é liderado pelo Comando Militar Supremo. Potências ocidentais e árabes têm tentado fortalecê-lo como uma força para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, mas o grupo tem perdido o apoio de brigadas de rebeldes para uma aliança islâmica.
Arábia Saudita e Catar apoiam o Comando Militar Supremo com armas, treinamento, dinheiro e inteligência, enquanto os Estados Unidos e a Grã-Bretanha forneceram ajuda não-letal, como comunicações e equipamentos de transporte.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha suspenderam a ajuda não- letal para o norte da Síria, em dezembro, depois de relatos de que combatentes islâmicos apreenderam armazéns de armas de rebeldes apoiados pelo Ocidente, principalmente porque esses materiais poderiam acabar em mãos perigosas.
Mas os Estados Unidos fornecem armas leves para facções rebeldes sírias moderadas no sul do país, e o Congresso dos EUA aprovou o financiamento para mais entregas nos próximos meses, de acordo com autoridades de segurança.
Mais de dois milhões de pessoas - em sua maioria mulheres e crianças - fugiram do conflito na Síria, que começou em março de 2011 com protestos populares contra Assad e culminou em uma guerra civil depois de uma repressão pelas forças de segurança.