Criadores de “Kony 2012” eram espiões do governo de Uganda, diz Wikileaks
ONG que fez vídeo para denunciar criminoso de guerra teria informado ao governo o paradeiro de Patrick Komekech, que acabou sendo preso
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2012 às 18h56.
São Paulo – Documentos disponibilizados pela Wikileaks indicam ligações entre o governo de Uganda e a ONG Invisible Children. A ONG produziu o vídeo Kony 2012, para tornar o líder do grupo militar LRA (Lord’s Resistance Army) conhecido e, assim, facilitar sua captura.
Uma correspondência de 2009, vinda da embaixada dos Estados Unidos em Uganda, por exemplo, afirma que a Invisible Children deu ao governo de Uganda a localização de Patrick Komekech, procurado por se passar por líder da LRA para extorquir dinheiro de oficiais e ONGs. Komekech é supostamente uma antiga criança-soldado que foi integrada ao LRA - e apareceu em documentários da Invisible Children.
Outra correspondência, essa de 2007, indica que o embaixador dos Estados Unidos em Uganda, Steven Browning encontrou-se com Ben Keesey, CEO da Invisible Children, e outros representantes da ONG. Segundo o documento, a organização usou a reunião para atualizar o embaixador quanto a suas atividades e seus esforços para divulgar as condições no norte da Uganda.
A ONG afirmou que "não conduz esforços de inteligência para nenhum governo estrangeiro". A Invisible Children disse que estava acompanhando a recuperação de Komakech quando se deu conta de que ele e um grupo estavam envolvidos em atividades que “poderiam estar comprometendo a vida de civis e colocando a organização e os seus funcionários em risco”. A organização afirmou que, por isso, cortou seus laços com Komakech.
Robert Kony é acusado pela ONG de sequestrar mais de 60 mil crianças em Uganda. O destino dos meninos é o exército de Kony. As meninas são escravizadas sexualmente. Kony é procurado pela Corte Penal Internacional, tribunal internacional que julga os responsáveis por genocídios, crimes de guerra crimes contra a humanidade.
A ONG já recebeu outras críticas. Há acusações de que os dados apresentados no filme de Kony são manipulados e também de que os gastos da ONG não são transparentes – e concentram-se em salários e custos de produção de vídeos e não em ações concretas de apoio às crianças.
São Paulo – Documentos disponibilizados pela Wikileaks indicam ligações entre o governo de Uganda e a ONG Invisible Children. A ONG produziu o vídeo Kony 2012, para tornar o líder do grupo militar LRA (Lord’s Resistance Army) conhecido e, assim, facilitar sua captura.
Uma correspondência de 2009, vinda da embaixada dos Estados Unidos em Uganda, por exemplo, afirma que a Invisible Children deu ao governo de Uganda a localização de Patrick Komekech, procurado por se passar por líder da LRA para extorquir dinheiro de oficiais e ONGs. Komekech é supostamente uma antiga criança-soldado que foi integrada ao LRA - e apareceu em documentários da Invisible Children.
Outra correspondência, essa de 2007, indica que o embaixador dos Estados Unidos em Uganda, Steven Browning encontrou-se com Ben Keesey, CEO da Invisible Children, e outros representantes da ONG. Segundo o documento, a organização usou a reunião para atualizar o embaixador quanto a suas atividades e seus esforços para divulgar as condições no norte da Uganda.
A ONG afirmou que "não conduz esforços de inteligência para nenhum governo estrangeiro". A Invisible Children disse que estava acompanhando a recuperação de Komakech quando se deu conta de que ele e um grupo estavam envolvidos em atividades que “poderiam estar comprometendo a vida de civis e colocando a organização e os seus funcionários em risco”. A organização afirmou que, por isso, cortou seus laços com Komakech.
Robert Kony é acusado pela ONG de sequestrar mais de 60 mil crianças em Uganda. O destino dos meninos é o exército de Kony. As meninas são escravizadas sexualmente. Kony é procurado pela Corte Penal Internacional, tribunal internacional que julga os responsáveis por genocídios, crimes de guerra crimes contra a humanidade.
A ONG já recebeu outras críticas. Há acusações de que os dados apresentados no filme de Kony são manipulados e também de que os gastos da ONG não são transparentes – e concentram-se em salários e custos de produção de vídeos e não em ações concretas de apoio às crianças.