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Crescimento desorganizado é antiecológico, diz Eduardo Jorge

Secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente de SP participou do EXAME Fórum Sustentabilidade

Eduardo Jorge: “Não devemos ficar esperando Brasília ou o mundo agir para fazer as mudanças necessárias” (Egberto Nogueira/imafortogaleria)

Eduardo Jorge: “Não devemos ficar esperando Brasília ou o mundo agir para fazer as mudanças necessárias” (Egberto Nogueira/imafortogaleria)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 20h19.

São Paulo - O crescimento urbano sem planejamento adequado, além de tornar o convívio estressante na cidade, contribuindo para elevação dos níveis de violência, não é nada sustentável. Quem afirma é o secretário municipal do Meio Ambiente e do Verde de São Paulo, Eduardo Jorge. “Crescimento desorganizado é antiecológico”, disse, durante palestra no EXAME Fórum Sustentabilidade, nesta segunda.

Um problema que São Paulo conhece bem: diariamente, novos condomínios surgem, prédios são erguidos e o congestionamento do trânsito só aumenta, tornando o deslocamento na cidade cada vez mais difícil. O crescimento caótico das cidades também ajuda a aumentar as emissões de gases efeito estufa, fator agravante do aquecimento global.

Atento à questão, Eduardo Jorge cobrou a necessidade de se fazer um mapeamento nacional para identificar quais são os principais setores emissores no país. “O primeiro passo é fazer diagnóstico, coisa que o Brasil não faz”, criticou, ressaltando em seguida que, cada governo municipal brasileiro deve procurar agir em prol da sustentabilidade, ainda que o poder estadual ou federal fique de braços cruzados.

“Não devemos ficar esperando Brasília ou mundo agir para fazer as mudanças necessárias”, defendeu. Algumas medidas de “reorganização” do espaço urbano, São Paulo já vem adotando. “A ideia agora é fazer uma boa ocupação vertical do Centro da cidade”, destacou. Mapeamento de áreas de risco mostra que quase 29 mil moradias de SP ficam em áreas de risco alto, sendo que 1130 precisam ser removidas imediatamente.

Entre projetos de redução de emissão, o secretário destacou como exemplo positivo a experiência com combustíveis menos poluentes e tecnologias limpas no transporte municipal, como etanol, biodiesel, diesel de cana, veículo elétrico, híbrido e hidrogênio. “Não estamos condenados a usar ônibus movido a diesel sujo”, afirmou.

Eduardo Jorge também mencionou a geração de energia a partir do lixo como um negócio promissor. A cidade licitou a captação de gás metano para geração de energia em dois aterros, São João e Bandeirantes. Hoje, os dois projetos produzem energia elétrica para 600 mil pessoas em São Paulo.

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