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Alemanha restringe circulação de não vacinados para conter casos de covid

A medida é parte do esforço para conter o aumento das infecções por coronavírus, que voltaram a ultrapassar a marca de 70 mil

Coronavírus na Alemanha (Matthias Rietschel/Reuters)

Coronavírus na Alemanha (Matthias Rietschel/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 12h25.

Última atualização em 2 de dezembro de 2021 às 13h22.

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou nesta quinta-feira, 2 que os não vacinados serão proibidos de acessar lojas não essenciais e estabelecimentos culturais e recreativos no país. A medida é parte do esforço para conter o aumento das infecções por coronavírus, que voltaram a ultrapassar a marca de 70.000 novos casos diários. Após reunião com líderes federais e estaduais, Merkel afirmou que a medida é necessária diante da preocupação sobre uma possível superlotação dos hospitais na Alemanha. Ela argumentou que os não vacinados são mais propensos a desenvolver quadros severos da doença.

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"A situação do nosso país é grave", disse Merkel a repórteres em Berlim, classificando a medida como um "ato de solidariedade nacional". A chanceler afirmou ainda que as autoridades também concordaram em exigir máscaras nas escolas e impor novos limites às reuniões privadas. O objetivo é atingir a marca de 30 milhões de vacinados até o fim do ano.

Merkel também disse que o parlamento vai debater a possibilidade de impor uma ordem geral de vacinas que entraria em vigor em fevereiro.

Cerca de 68,7% da população da Alemanha está totalmente vacinada contra a covid-19, uma taxa abaixo do mínimo de 75% que o governo almeja. O ministro das Finanças, Olaf Scholz, que deve ser eleito chanceler por uma coalizão de centro-esquerda na próxima semana, disse na terça-feira, 30, que apoia a ordem geral de vacinação, mas defende que os legisladores votem de acordo com sua consciência pessoal, em vez de seguirem linhas partidárias sobre o assunto.

Variante ômicron

O aumento de casos de covid nas últimas semanas e a chegada da nova variante ômicron acenderam o alerta para médicos e cientistas alemães, que apontaram que os serviços médicos do país podem ficar sobrecarregados nas próximas semanas, a menos que medidas drásticas sejam tomadas. Alguns hospitais no sul e no leste da Alemanha já transferiram pacientes para outras partes do país devido à falta de leitos de terapia intensiva (UTI).

A agência alemã de controle de doenças relatou 73.209 novos casos de covid-19 confirmados nesta quinta-feira. O país também relatou 388 novas mortes pela doença em 24 horas, elevando o total desde o início da pandemia para 102.178.

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