Garimpo de diamantes na Costa do Marfim: autoridades destacaram que o Processo de Kimberley reconheceu que o país cumpriu os requisitos mínimos de certificação de diamantes (Issouf Sanogo/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2014 às 19h12.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU votou por unanimidade nesta terça-feira o fim da proibição à importação de diamantes brutos da Costa do Marfim.
A resolução aprovada pelo conselho encerra com as sanções impostas em 2005 sobre as exportações de diamantes pelo país do Oeste da África. As autoridades destacaram que o Processo de Kimberley, a iniciativa internacional que regula o comércio das pedras preciosas, reconheceu que a Costa do Marfim cumpriu os requisitos mínimos de certificação de diamantes.
Mesmo assim, o Conselho de Segurança manteve o embargo de acesso às armas da Costa do Marfim até 30 de abril de 2015, com exceções para a missão da ONU que busca a manutenção da paz e os esforços para o desarmamento da população.
Depois de uma tentativa de golpe que provocou uma guerra civil em 2002, a Costa do Marfim foi dividida em o norte controlado pelos rebeldes e o sul pelo governo. Um acordo de paz assinado em 2007 trouxe os principais líderes insurgentes para o controle do país, mas as profundas divisões permaneceram.
A Costa do Marfim é o maior produtor de cacau do mundo e o segundo maior produtor mundial de castanha de caju. Especialistas da ONU disseram que centenas de milhões de dólares foram perdidos em contrabandos e transações ilegais desses produtos nos últimos anos, além de madeira, petróleo, ouro e diamante.
A indústria do diamante, grupos de direitos humanos e mais 75 países têm trabalhado juntos com autoridades do Processo de Kimberley desde 2003 para impor requisitos mínimos aos seus membros e criar uma certificação de diamantes brutos "livre de conflitos", de modo que os compradores podem estar seguros de que não estão financiando a violência. Fonte: Associated Press.