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Corte decide que leilão de máscaras sagradas deve ir adiante

Tribunal de Paris decide que leilão de máscaras reverenciadas como sagradas por uma tribo nativa norte-americana deve continuar

Antigas máscaras tribais reverenciadas como sagradas por uma tribo nativa norte-americana em exposição em uma casa de leilões em Paris (John Schults/Reuters)

Antigas máscaras tribais reverenciadas como sagradas por uma tribo nativa norte-americana em exposição em uma casa de leilões em Paris (John Schults/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 13h18.

Paris - Um tribunal de Paris decidiu nesta sexta-feira que um leilão de máscaras antigas reverenciadas como sagradas por uma tribo nativa norte-americana deve seguir adiante, apesar dos crescentes protestos para interromper a venda, incluindo um pedido do embaixador dos EUA na França.

A tribo Hopi do nordeste do Arizona, e apoiadores como o ator Robert Redford, incitaram a casa de leilões de Paris a suspender a venda devido à importância cultural e religiosa das máscaras.

Mas o tribunal rejeitou a moção da tribo e da Survival International, um grupo não-governamental que representa os seus interesses, argumentando que só poderia intervir para proteger restos humanos ou seres vivos.

"Esta decisão é muito decepcionante", disse Pierre Servan-Schreiber, um advogado de Survival International. "Nem tudo é necessariamente para a venda ou compra e nós precisamos ter cuidado".

Os leiloeiros Neret-Minet, Tessier e Sarrou pretendem levar adiante nesta sexta-feira um leilão de dezenas de máscaras, a preços que variam entre 2 mil dólares e 32 mil dólares cada.

Um porta-voz dos leiloeiros não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.

Um coro crescente de opositores opinou sobre a disputa, argumentando que a casa de leilões de Paris deve fornecer justificativa legal para vender as máscaras.

"Leiloá-las seria, na minha opinião, um sacrilégio, um gesto criminoso que contém graves repercussões morais", escreveu Robert Redford em uma carta aberta.

O embaixador dos EUA na França Charles Rivkin havia pedido um adiamento até que a situação jurídica e a origem das máscaras fossem definidas.

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